EUA impõem sanções a ministro cubano por violações aos direitos humanos
O Governo dos Estados Unidos, a cinco dias do final do mandato, impôs hoje sanções ao ministro do Interior cubano, Lazaro Alberto Alvarez Casas, acusando-o de "graves violações aos direitos humanos".
© Reuters
Mundo Estados Unidos
"O regime cubano viola há muito tempo os direitos humanos. Os Estados Unidos vão continuar a utilizar todos os meios à sua disposição face à terrível situação dos direitos humanos em Cuba e por todo o mundo", declarou o secretário de Estado do Tesouro, Steve Mnuchin, num comunicado.
A decisão de Washington surge a cinco dias da entrada em funções da nova administração norte-americana, quando, a dia 20, Joe Biden suceder a Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.
Biden, o candidato democrata vencedor das presidenciais norte-americanas de 03 de novembro de 2020, ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de retomar o diálogo com as autoridades de Havana.
Para Mnuchin, o Ministério do Interior cubano, igualmente visado com sanções financeiras, é responsável pela vigilância das atividades políticas, apoiado em unidades da polícia, que têm detido pessoas que estão na mira do departamento governamental.
O Tesouro norte-americano destacou Lazaro Alberto Alvarez Casas foi vice-ministro do Interior, tendo sido promovido a ministro em novembro de 2020.
Mnuchin evoca nomeadamente a detenção, em setembro de 2019, do dissidente cubano Jose Daniel Ferrer numa prisão gerida pelo Ministério do Interior, "onde foi espancado, torturado e colocado em isolamento".
Por outro lado, segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, nem o ministro nem o Ministério poderão ter acesso ao sistema financeiros os Estados Unidos e os seus eventuais bens no país serão congelados.
A administração Trump, que trabalhou durante quatro anos para reverter a histórica reaproximação entre os Estados Unidos e a ilha comunista iniciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, colocou novamente Cuba na "lista negra" dos "Estados que apoiam o terrorismo".
As medidas, porém, correm o risco de complicar a tarefa de Biden se o futuro Presidente dos Estados Unidos optar por regressar a uma política de aproximação a Havana.
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