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Rohingya. Incêndio em campo de refugiados destrói mais de 550 habitações

Um incêndio atingiu hoje um campo que abriga refugiados da minoria rohingya, no sul do Bangladesh, destruindo centenas de habitações, mas não foram relatadas mortes ou feridos graves, disseram as autoridades locais.

Rohingya. Incêndio em campo de refugiados destrói mais de 550 habitações
Notícias ao Minuto

14:18 - 14/01/21 por Lusa

Mundo Incêndio

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse que mais de 550 casas que abrigavam cerca de 3.500 pessoas, bem como 150 espaços comerciais, foram total ou parcialmente destruídas pelo incêndio.

O incêndio começou hoje no acampamento Nayapara, no distrito de Cox's Bazar, onde mais de um milhão de refugiados rohingya provenientes de Myanmar (antiga Birmânia) estão alojados.

Nayapara é um acampamento antigo que começou a ser utilizado há décadas.

Os bombeiros levaram duas horas para controlar o incêndio, segundo uma fonte rohingya, mas não foram relatados ferimentos graves e as causas do incêndio não foram imediatamente esclarecidas.

O ACNUR referiu que as famílias afetadas estão a receber materiais para abrigo, roupas de inverno, refeições quentes e cuidados médicos. Um vídeo mostrou muitos refugiados procurando por objetos de valor entre os materiais carbonizados.

"Este é outro golpe devastador para o povo rohingya, que suporta privações indescritíveis há vários anos", disse o diretor da organização Save the Children no Bangladesh, Onno van Manen, num comunicado.

"O incêndio devastador de hoje terá roubado a muitas famílias o abrigo e a dignidade que lhes resta", acrescentou.

Cerca de 700.000 rohingya fugiram para os campos em Cox's Bazar após agosto de 2017, quando os militares de Myanmar, de maioria budista, começaram uma dura repressão contra o grupo minoritário muçulmano após um ataque de insurgentes.

A repressão incluiu violações, assassínios e milhares de casas destruídas por incêndios, tendo sido classificada como uma limpeza étnica por grupos de direitos humanos e pela ONU.

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