Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 26º

Nagorno-Karabakh: Amnistia Internacional regista 146 civis mortos

Pelo menos 146 civis morreram no conflito entre Arménia e Azerbeijão no enclave de Nagorno-Karabakh, no final de 2020, revelou a Amnistia Internacional (AI).

Nagorno-Karabakh: Amnistia Internacional regista 146 civis mortos
Notícias ao Minuto

06:47 - 14/01/21 por Lusa

Mundo Conflito

Num relatório divulgado quarta-feira, a AI adianta que as 146 vítimas civis, entre elas menores e idosos, resultaram da utilização, pelas forças armadas de ambas as partes em conflito, de armamento pesado contra zonas civis.

"Ao utilizar este armamento impreciso e letal nas imediações de zonas civis, as forças armérias e azeris violaram as convenções de cenários de guerra e mostraram desprezo pela vida humana", afirmou a diretora da AI para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers.

O número de vítimas teria sido seguramente "muito superior" se milhares de civis não tivessem procurado abrigo ou fugido das suas zonas de residência.

Segundo a AI, as forças arménias usaram nas referidas ações contra zonas habitadas lança-rockets múltiplos e artilharia, algo que ambas as partes recusaram anteriormente.

No caso das forças arménias, terão sido também usados mísseis balísticos contra zonas civis.

O conflito durou 44 dias, entre final de setembro e início de novembro de 2020.

Nagorno-Karabakh, território de maioria arménia, separou-se do Azerbaijão, o que levou a uma guerra que causou mais de 30.000 mortos nos anos 1990. 

O relatório da AI documenta com fotos e testemunhos 17 ataques de forças arménias e azeris, em que morreram 94 civis azeris e 52 arménios.

A organização apelou às autoridades de ambos países para que levem a cabo investigações independentes sobre o uso de armamento pesado em zonas civis".

"Agora que os dirigentes arménios e azeris começaram a estabelecer acordos de segurança, é imprescindível que os responsáveis por estas violações de Direitos Humanos sejam obrigados sem demora a prestar contas e que as vítimas sejam indemnizadas", afirmou Marie Struthers.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório