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Sudão anuncia força conjunta para Darfur após saída de missão da ONU

O vice-presidente do Conselho Soberano do Sudão, Mohamed Hamdan Dagalo, afirmou hoje que o governo de transição formou forças conjuntas para proteger a região do Darfur, após ter terminado o mandato da missão de paz da ONU (UNAMID).

Sudão anuncia força conjunta para Darfur após saída de missão da ONU
Notícias ao Minuto

21:02 - 12/01/21 por Lusa

Mundo Sudão

Segundo um comunicado publicado na página do Facebook do Conselho Soberano, Dagalo, conhecido como Hemedti, manifestou "a total disponibilidade do Estado em proteger todos os estados da região do Darfur após a partida da missão da UNAMID" e indicou que o governo de transição "formou uma força conjunta de todas as unidades para manter a paz no Darfur".

De acordo com o mesmo responsável, numa reunião que teve lugar hoje no seu gabinete com uma delegação da tribo Al Fur, do Darfur, foram abordados vários assuntos, entre os quais o acordo de paz entre o governo e os grupos armados sudaneses e como incorporar aqueles que ainda não assinaram o processo de paz, como Abdelwahid Mohamd Nur, líder do Movimento de Libertação do Sudão, e Abdelaziz al Helu, presidente do Movimento Popular Norte.

A UNAMID, cujo mandato terminou a 31 de dezembro passado, foi destacada para o Darfur em 2007 no meio de uma guerra civil que deixou entre 2003 e 2008 mais de 300.000 mortos, segundo a ONU, depois de grupos armados se revoltarem contra o governo em protesto pela pobreza e marginalização da região.

A decisão de pôr fim à UNAMID foi adotada pelo Conselho de Segurança da ONU no passado dia 23 de dezembro a pedido do governo sudanês, depois de ter sido assinado em outubro um acordo de paz com os principais movimentos rebeldes do país, incluindo a maioria dos do Darfur.

O acordo aborda questões de segurança, propriedade da terra, justiça transitória, partilha do poder e o regresso de refugiados e pessoas deslocadas.

Prevê também a eventual dissolução de grupos armados e a integração de combatentes no exército nacional. Apenas dois grupos rebeldes se recusaram a assiná-lo.

Leia Também: Novas tensões entre a Etiópia e o Sudão por causa da fronteira

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