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Próxima audiência de Netanyahu por corrupção a 8 de fevereiro

A audiência do julgamento por corrupção do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anulada na sexta-feira devido à pandemia de covid-19 foi marcada para 8 de fevereiro, indicou hoje a justiça israelita.

Próxima audiência de Netanyahu por corrupção a 8 de fevereiro
Notícias ao Minuto

13:11 - 11/01/21 por Lusa

Mundo Justiça

Netanyahu, que alega ser inocente, foi acusado em novembro de 2019 de suborno, fraude e abuso de confiança em três diferentes processos, situação inédita para um chefe de governo israelita em funções.

O julgamento começou em maio de 2020 e até agora Netanyahu apenas esteve presente em tribunal para confirmar que conhecia as acusações. A audiência marcada inicialmente para 13 de janeiro seria para responder formalmente às acusações que em maio qualificou de "ridículas".

Na sexta-feira, o tribunal de distrito de Jerusalém indicou que, "tendo em conta o elevado número de participantes na audiência e o confinamento", a audiência era anulada, tendo hoje anunciado que se realizará a 8 de fevereiro.

Israel impôs no final de dezembro um terceiro confinamento desde o início da pandemia do novo coronavírus, reforçado a 7 de janeiro após um aumento das infeções, e na quinta-feira a administração judiciária indicou que as audiências deveriam ser adiadas sempre que possível até ao final do isolamento, previsto para 21 de janeiro.

Benjamin Netanyahu, 71 anos, 14 dos quais no poder, é acusado de ter recebido 700.000 shekels (180.000 euros) em charutos, champanhe e joias de milionários em troca de favores financeiros ou pessoais.

O primeiro-ministro israelita terá ainda tentado assegurar uma cobertura favorável por parte do maior diário de Israel, o Yediot Aharonot.

A justiça suspeita igualmente que concedeu favores que poderão ter rendido milhões de dólares ao proprietário da empresa de telecomunicações Bezeq em troca de cobertura favorável num dos media do grupo, o 'site' Walla.

A acusação reuniu mais de 300 testemunhas em apoio das suas alegações.

Em Israel, o primeiro-ministro não têm imunidade, mas também não é obrigado a demitir-se quando é acusado e enfrenta um julgamento.

No entanto, Netanyahu tem enfrentado protestos semanais nos últimos meses pedindo a sua demissão face às acusações e ao modo como o governo tem gerido a crise pandémica.

Israel registou um aumento recente de casos do novo coronavírus apesar de estar a realizar uma das operações de vacinação mais rápidas do mundo, que está no centro da campanha de Netanyahu visando a sua reeleição em março, quando se realizam as quartas legislativas no país em menos de dois anos.

Desde o início da pandemia, Israel registou mais de 3.500 mortos entre os perto de 500.000 infetados com o novo coronavírus.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência France Presse.

Leia Também: Covid-19: Audiência de Netanyahu adiada devido a confinamento em Israel

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