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Responsável por sistema judicial de Hong Kong condena críticas a juízes
O juiz Andrew Cheung, novo responsável pela mais alta instância judicial de Hong Kong condenou as críticas contra os juízes daquele território considerando-as "fúteis".
© Getty Images
Mundo Hong Kong
"Comentários e críticas, às vezes extremos e ríspidos, são inevitáveis. Embora a liberdade de expressão de todos na sociedade deva ser respeitada, não pode haver tentativas de pressão contra os juízes no exercício de funções", afirmou Cheung.
Por outro lado, Andrew Cheungdisseque os tribunais da região administrativa têm de mostrar que são imparciais ou correm o risco de perderem a confiança dos cidadãos.
A Região Administrativa Especial de Hong Kong enfrenta uma crise política marcada pelos protestos antigovernamentais desde 2019.
A República Popular da China impôs no ano passado a lei de segurança nacional que atinge os movimentos democráticos e os dissidentes políticos de Hong Kong que acusam o poder central de grave supressão dos direitos, liberdades e garantias previstos no acordo diplomático de 1997 entre Londres e Pequim.
Na semana passada, 55 ativistas pró-democracia foram presos durante uma operação policial sendo que os ativistas mais destacados como Joshua Wong, Agnes Chow e o empresário da comunicação social, Jimmy Lay, se encontram presos.
Andrew Cheung, chefe do Departamento de Justiça, que tomou hoje posse em Hong Kong, disse que os juízes têm de ser cautelosos e mostrar imparcialidade quando fazem comentários em audiência ou no que escrevem durante os processos, sobretudo nos casos de natureza política.
"Qualquer lapso a este respeito, dada a potencial polarização nestes casos, podem levar à suspeição de parcialidade levando a que o público perca confiança no nosso sistema judicial", disse Cheungno discurso da tomada de posse.
O responsável acrescentou que é igualmente "crucial" que o público e os empresários tenham confiança no sistema judicial sublinhando ser importante manter a "reputação internacional" de Hong Kong, cidade governada sob o primado da lei e baseada no princípio "um país dos sistemas".
Leia Também: Portugueses em Hong Kong sem hipóteses de votar devido à pandemia
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