Seis soldados franceses feridos no Mali num ataque suicida
Seis soldados da força antijihadista Barkhane foram hoje feridos no Mali por um veículo bomba suicida, o terceiro ataque desde finais de dezembro contra os militares franceses, informou o Estado-Maior do Exército.
© Reprodução Facebook / Forças Armadas Portuguesas
Mundo Mali
No último mês os militares franceses já sofreram cinco baixas.
Na zona conhecida como as três fronteiras (Mali, Níger e Burkina Faso) "um veículo desconhecido deslocou-se a alta velocidade" em direção à retaguarda de uma caravana com soldados malianos, segundo o comunicado divulgado.
"Um veículo blindado de combate de infantaria (VBCI) interveio para proteger os outros elementos da força. Perante esta manobra, o condutor (...) acionou a carga explosiva", precisa a nota hoje emitida pelo Estado-Maior francês. "Seis soldados franceses foram feridos, mas o seu prognóstico não é conhecido", acrescenta o comunicado.
Os militares feridos foram transportados de helicóptero para o hospital militar de Gao. Três deles serão repatriados no sábado para França.
O Exército francês tem destacados 5.100 elementos no Sahel, com os exércitos do G5 Sahel (Mauritânia, Mali, Chade, Burkina Faso e Níger).
Em 02 de janeiro, dois soldados, um homem e uma mulher, foram mortos num veículo blindado ligeiro (LAV) por um "dispositivo explosivo improvisado", durante uma missão de reconhecimento e inteligência.
Cinco dias antes, três soldados foram também vítimas de um engenho explosivo improvisado. Estas mortes aumentam para 50 o número de soldados franceses mortos no Sahel desde 2013 nas operações antijihadistas Serval e depois Barkhane.
Os dois ataques mortais foram reivindicados pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), filiado na Al Qaeda.
Os exércitos francês e maliano estão também no centro de uma controvérsia sobre um ataque aéreo ocorrido no domingo, com as autoridades malianas e francesas a assegurarem que a ação da força aérea francesa no Mali atingiu apenas jihadistas, embora a população local relate a existência de vítimas civis numa festa de casamento, causando a morte a cerca de 20 pessoas na aldeia de Bounti.
"Todas as informações de inteligência e em tempo real permitiram identificar formalmente este grupo como pertencente a um GAT [grupo terrorista armado]", assegura o Estado Maior francês, segundo o qual a operação aconteceu numa área isolada e a "mais de um quilómetro a norte das primeiras casas em Bounti".
Há alguns meses que a França tem vindo a equacionar reduzir as suas tropas na região. Está prevista uma cimeira para meados de fevereiro entre Paris e os seus parceiros sahelianos para avaliar a situação, um ano após a Cimeira de Pau (sul de França).
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