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ONU alerta para "efeitos destrutivos" do ódio por líderes políticos

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos afirmou hoje que a invasão do Capitólio norte-americano "mostra claramente os efeitos destrutivos da distorção deliberada e sustentada" de acontecimentos e do "incitamento ao ódio por líderes políticos".

ONU alerta para "efeitos destrutivos" do ódio por líderes políticos
Notícias ao Minuto

21:15 - 07/01/21 por Lusa

Mundo ONU

"Apelamos aos líderes de todo o espectro político, incluindo o Presidente dos Estados Unidos [Donald Trump], para que abandonem as narrativas falsas e perigosas e encorajem os seus seguidores a fazerem o mesmo", disse Michelle Bachelet, antiga chefe de Estado chilena, numa declaração citada pela agência noticiosa Efe.

Bachelet disse estar "profundamente angustiada" com o ataque, no qual "foram invocadas acusações de fraude eleitoral a fim de minar o direito à participação política".

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

Já hoje o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.

O vice-Presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.

A alta comissária mostrou-se aliviada pela confirmação da eleição do candidato democrata "apesar das graves tentativas de a impedir".

Bachelet apoiou também os apelos lançados para uma investigação aos incidentes de quarta-feira, manifestando o seu pesar pelas ameaças e ataques sofridos por membros da comunicação social durante o incidente na capital norte-americana.

Além das quatro mortes, 14 polícias ficaram feridos e 52 pessoas foram detidas.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

A rede social Facebook suspendeu temporariamente, tal como já tinha feito o Twitter, a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

Durante o dia de hoje, a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anunciou que o Congresso irá abrir um processo para a remoção de Trump do cargo de Presidente do país caso Mike Pence recuse recorrer à 25.ª Emenda para destituição de Trump.

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