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Tribunal ainda não decidiu libertação de assassino de jornalista

O Supremo Tribunal do Paquistão suspendeu hoje a sessão sem decidir se vai libertar o homem condenado e depois absolvido do assassínio em 2002 do jornalista norte-americano Daniel Pearl.

Tribunal ainda não decidiu libertação de assassino de jornalista
Notícias ao Minuto

15:02 - 07/01/21 por Lusa

Mundo Paquistão

O principal suspeito da morte de Pearl, Ahmed Omar Saeed Sheikh, permanece sob custódia, tendo o seu advogado pedido ao tribunal superior para libertá-lo, seguindo a decisão de um outro tribunal que ordenou a sua libertação no mês passado.

A família de Pearl e o Governo do Paquistão recorreram da absolvição para o Supremo Tribunal, que retomou a audiência esta semana e é esperado um veredicto até ao final do mês.

Desde a absolvição que o advogado de Sheikh, Mehmood A. Sheikh, tem tentado libertar o seu cliente -- com o qual não tem ligação familiar -, que está no corredor da morte há 18 anos.

Washington opôs-se à libertação de Sheikh e os governos federal e provincial do Paquistão lançaram sucessivas contestações legais para evitar a sua libertação.

Enquanto isso, o governo da província de Sindh, no sul do país, enfrenta acusações por se recusar a libertar Sheikh. O tribunal regional que vai ouvir essas acusações vai ser retomado a 13 de janeiro.

Sheikh foi absolvido no início de 2020 pelo Alto Tribunal de Sindhna decapitação brutal de Pearl, que foi atraído para a morte enquanto investigava ligações entre militantes baseados no Paquistão e Richard C. Reid, apelidado de "Bombista de Sapatos" depois de tentar explodir um voo de Paris para Miami com explosivos escondidos nos sapatos.

Pearl, de 38 anos, trabalhava para o Wall Street Journal quando foi sequestrado em 23 de janeiro de 2002. A embaixada dos Estados Unidos recebeu mais tarde um vídeo da morte de Pearl e o seu corpo foi encontrado numa cova rasa num bairro no sul de Carachi.

Sheikh foi condenado à morte e três outros suspeitos a prisão perpétua pelo seu papel no assassínio. A sua absolvição surpreendeu o governo dos Estados Unidos, a família de Pearl e grupos de defesa do jornalismo.

Washington disse que não vai deixar Sheikh escapar à justiça, dizendo que se a absolvição for confirmada pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos vão exigir que seja enviado para território norte-americano para ser acusado pelo assassínio de Daniel Pearl.

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