Exército intervém durante conflitos em sessão parlamentar no Gana

O exército do Gana interveio entre a noite de quarta-feira e a madrugada de hoje no parlamento do país para restabelecer a calma em conflitos que ocorreram entre os deputados do partido no poder e da oposição.

NÃO USAR Gana, Bandeira

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Lusa
07/01/2021 10:15 ‧ 07/01/2021 por Lusa

Mundo

Gana

Cenas de caos eclodiram quando um deputado do partido do Governo tentou roubar a urna que continha os votos durante a votação para presidente do parlamento.

Depois de várias horas de conflitos, o exército finalmente interveio diante das câmaras da televisão nacional, que transmitiu ao vivo esta sessão pré-inaugural.

"É uma violação total da lei", disse Kwame Twumasi Ampofo, deputado do Congresso Nacional Democrático (NDC, sigla em inglês), da oposição.

"Mesmo que houvesse problemas de segurança, o exército não tem lugar na Câmara. Protestámos (contra a tentativa de roubo de cédulas), mas não fomos violentos", sublinhou Ampofo.

O parlamento, eleito em dezembro, é dividido quase igualmente entre os deputados do Novo Partido Patriótico (NPP, sigla em inglês) e do NDC, que compartilham cada um 137 assentos, além de um parlamentar independente.

Um deputado da oposição foi suspenso na quarta-feira após uma decisão do tribunal, acusando-o de ter dupla nacionalidade, reduzindo o número de parlamentares da oposição para 136 contra 137 do NPP.

Os parlamentares tiveram de votar na quarta-feira para eleger o seu presidente, poucas horas antes da investidura oficial do novo parlamento e do Presidente, Nana Akufo-Addo, reeleito para um segundo mandato.

"Um tribunal fez saber que um dos parlamentares eleitos não tinha permissão para votar", disse Atta Akyea, legislador do partido no poder, à agência de notícias AFP.

"Toda esta votação (para eleger o presidente do parlamento) está, portanto, marcada por irregularidades, é uma pena", concluiu.

O Gana, um país conhecido por ser um exemplo democrático na África Ocidental, realizou eleições presidenciais e legislativas que decorreram com calma e sem problemas.

Mas no final de dezembro, o candidato presidencial da oposição John Dramani Mahama (que obteve 47,36% dos votos) interpôs no Supremo Tribunal um recurso para contestar os resultados das eleições ganhas por Akufo-Addo (51,59%).

Esses dois adversários políticos de longa data enfrentaram-se pela terceira vez, com resultados muito próximos nos dois escrutínios anteriores.

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