Sudão assinou acordo com EUA que abre caminho a relações com Israel
O Sudão anunciou hoje que assinou um acordo com os Estados Unidos da América (EUA) que abre o caminho para que a nação africana, com dificuldades de tesouraria, normalize as relações com Israel.
© Reuters
Mundo Sudão
Segundo o gabinete do primeiro-ministro do Sudão, o ministro da Justiça, Nasredeen Abdulbari, assinou o acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
"Este é um acordo muito, muito significativo que terá um impacto tremendo no povo de Israel e no povo do Sudão, uma vez que estes continuam a trabalhar em conjunto nas oportunidades culturais e económicas e no comércio", disse Steven Mnuchin, em declarações à agência noticiosa estatal Suna.
Abdulbari disse que o Sudão saudou "a aproximação que teve lugar entre Israel e os países da região, bem como o início das relações diplomáticas".
Sobre estas relações diplomáticas acrescentou: "Iremos trabalhar, formar o nosso lado num futuro próximo, para as fortalecer e expandir no interesse do Sudão e no interesse de outros países da região".
Também durante a visita de Mnuchin, os Estados Unidos e o Sudão assinaram um "memorando de entendimento" para facilitar o pagamento da dívida do país africano ao Banco Mundial, disse o Ministério das Finanças sobre uma medida que é amplamente vista como um passo fundamental para a recuperação económica de Cartum.
O ministério adiantou que o acordo permitirá ao Sudão receber mais de mil milhões de dólares (cerca de 814 mil milhões de euros) anuais do Banco Mundial, pela primeira vez em quase três décadas, quando o país foi designado "Estado pária".
O Sudão tem mais de 60 mil milhões de dólares (perto de 48,8 mil milhões de euros) em dívida externa.
Esta representa a primeira visita de um alto funcionário dos EUA ao Sudão desde que Washington retirou, no mês passado, o país da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
O Sudão tem pela frente um frágil caminho para a democracia, depois de uma revolta popular ter levado os militares a afastar em abril de 2019 o então Presidente, Omar al-Bashir.
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