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Paquistão. Protestos pelo 4º. dia consecutivo após morte de 11 mineiros

A minoria xiita do Paquistão manifesta-se hoje, pelo quarto dia consecutivo, nos arredores da cidade de Quetta, no sudoeste do país, para protestar contra a morte de 11 mineiros de carvão pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Paquistão. Protestos pelo 4º. dia consecutivo após morte de 11 mineiros
Notícias ao Minuto

11:35 - 06/01/21 por Lusa

Mundo Paquistão

Os manifestantes dizem que só enterrarão os seus mortos quando o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, os visitar pessoalmente para lhes garantir proteção.

Moradores e familiares dos mineiros assassinados, que eram membros da comunidade xiita hazara, começaram o protesto no domingo, depois de os militantes do EI sequestrarem e matarem os mineiros na província de Baluchistão, no sudoeste do país.

Os 11 mineiros foram baleados. Seis deles morreram no local e outros cinco, gravemente feridos, morreram a caminho do hospital.

Um vídeo obtido pela polícia revelou que os mineiros estavam vendados e com as mãos amarradas nas costas antes de serem baleados.

O ataque, que ocorreu no domingo, aconteceu perto do campo de carvão Machh, cerca de 48 quilómetros a leste de Quetta, capital do Baluchistão.

Desde então, a polícia tem procurado em diferentes lugares para deter os agressores.

Segundo a tradição islâmica, os enterros acontecem o mais rápido possível após a morte, mas os xiitas têm-se recusado a enterrar os 11 mineiros mortos.

Os familiares também disseram que não iriam realizar funerais até que as autoridades prendessem os assassinos.

"Queremos uma ação decisiva e a prisão de todos aqueles que matam o nosso povo", disse Daud Agha, um líder xiita.

"Estamos sentados com os corpos dos nossos entes queridos aqui e só os enterraremos quando Imran Khan chegar" e garantir a proteção da minoria xiita, referiu ainda Agha.

Centenas de pessoas permanecem sentadas sob frio intenso numa autoestrada que estão a bloquear desde domingo. Entre os manifestantes estão membros das famílias dos mineiros mortos.

O EI assumiu a responsabilidade dos atos após o sequestro dos mineiros.

A comunidade xiita hazara do Paquistão tem sido muitas vezes nos últimos anos atacada por grupos militantes sunitas, incluindo o Estado Islâmico.

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