Governo australiano pressionado a pedir fim da perseguição a Assange
Os apelos para que o primeiro-ministro, Scott Morrison, peça à administração Trump para pôr termo à perseguição ao cofundador do WikiLeaks vêm da coligação governamental e da oposição.
© Getty Images
Mundo Julian Assange
O governo australiano está a ser pressionado pelos seus parceiros de coligação e pela oposição para pedir à administração norte-americana que ponha termo à perseguição a Julian Assange, isto após um tribunal britânico ter recusado extraditar o cofundador do WikiLeaks, de nacionalidade australiana, para os Estados Unidos.
O The Guardian adianta que o deputado da coligação, George Christensen, e o senador independente Rex Patrick até sugeriram que um perdão de Donald Trump a Julian Assange seria a melhor forma de acabar com esta saga.
O Partido Trabalhista australiano, da oposição, não foi tão longe, mas frisou que o governo liderado por Scott Morrison deve “fazer o que puder para traçar uma linha neste assunto e encorajar o governo dos Estados Unidos a encerrar esta questão”.
A administração Trump já sinalizou a intenção de interpor um recurso desta decisão.
Em declarações a duas rádios, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, não anteviu novos passos do seu governo que respondam às pretensões dos parceiros da coligação e da oposição. Numa entrevista à rádio 3AW, o líder da Austrália sublinhou que o governo vai continuar a oferecer assistência consular a Assange.
“Mas, assumindo que tudo lhe corre favoravelmente, então ele é como qualquer australiano. É livre de regressar a casa, se desejar”, salientou Morrison.
Uma afirmação que satisfaz um dos objetivos do grupo parlamentar, ‘Bring Julian Assange Home’, cujos líderes são George Christensen e o deputado independente eleito pela Tasmânia, Andrew Wilkie. O grupo de apoio a Assange queria que o governo de Morrison afastasse qualquer possibilidade de extraditar o confundador do WikiLeaks, caso este regresse à Austrália.
Esta segunda-feira, a justiça britânica recusou a extradição de Assange para os Estados Unidos com base em razões de saúde.
Na sequência desta decisão, a equipa legal de Assange deve pedir a libertação do ‘whistleblower’ ainda esta semana, argumentando com o risco de Assange poder ficar infetado com o coronavírus na prisão de Belmarsh.
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