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Pedido fim de longas horas de trabalho no setor tecnológico na China

A Xinhua, agência noticiosa oficial da China, pediu hoje menos horas de trabalho no setor de tecnologia do país, após a morte repentina, na semana passada, de uma jovem, funcionária de uma plataforma líder de comércio eletrónico.

Pedido fim de longas horas de trabalho no setor tecnológico na China
Notícias ao Minuto

11:49 - 05/01/21 por Lusa

Mundo Xinhua

A tragédia redirecionou a atenção para a "dor de uma cultura anormal de horas extras", descreveu a Xinhua, num editorial publicado hoje.

"Os sonhos devem ser perseguidos por meio do esforço, mas os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores não devem ser sacrificados, e os empregadores podem estar a infringir a lei, ao encorajar o excesso de trabalho, o que prejudica a saúde", apontou a Xinhua.

"Fortalecer a proteção dos direitos e interesses legais dos trabalhadores, deixar aqueles que perseguem os seus sonhos correrem de maneira saudável, e melhorar o tratamento humano no desenvolvimento das empresas, é a forma que estes esforços devem assumir", apontou a agência.

O editorial surge após a morte, em 29 de dezembro, de uma funcionária de 22 anos da plataforma de comércio eletrónico Pinduoduo, quando voltava para casa com um colega, já depois da meia-noite.

Poucos detalhes foram divulgados, a não ser que a mulher aparentemente sofreu dores de estômago antes de desmaiar, mas os internautas chineses aproveitaram o caso para apontar os impactos na saúde de longas jornadas de trabalho.

Uma cultura de trabalho extenuante é frequente na indústria de tecnologia da China, defendida pelos empresários do setor, como Jack Ma, fundador do grupo Alibaba e um dos empresários mais ricos do país.

Ma causou polémica, em 2019, ao defender uma carga semanal de trabalho designada "996", o que significa trabalhar das 9:00 às 21:00, e de segunda a sábado.

O jornal oficial do Partido Comunista, o Diário do Povo, afirmou também, na altura, que é injusto que se exija horas extras excessivas aos funcionários.

Embora a lei chinesa limite a semana de trabalho a cinco dias e não mais de 44 horas por semana, um número crescente de pessoas trabalha fora do setor estatal ou na economia informal, onde estes regulamentos são pouco observados.

A China também proíbe a formação de sindicatos independentes, permitindo apenas a existência da Federação de Sindicatos de Toda a China, que é rigidamente controlada pelo Partido Comunista.

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