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ONG denuncia 71 feminicídios na Nicarágua em 2020

Durante 2020 foram mortas na Nicarágua, vítimas de violência masculina, 71 mulheres, o número mais elevado em três anos, segundo uma organização não-governamental (ONG).

ONG denuncia 71 feminicídios na Nicarágua em 2020
Notícias ao Minuto

22:15 - 04/01/21 por Lusa

Mundo Feminicídios

O número de mulheres vítimas de femicídio em 2020 superou em oito as 63 em 2019 e as 61 em 2018, segundo o relatório divulgado pelas Católicas da Nicarágua para o Direito de Decidir.

De acordo com o relatório, outras 115 mulheres sobreviveram a agressões identificadas pela organização como "femicídios frustrados".

Como resultado dos femicídios, em 2020 pelo menos 88 menores ficaram órfãos, um aumento em relação aos 65 casos em 2019 e 87 em 2018.

O documento pormenoriza que cinco das vítimas eram raparigas entre um e 12 anos, seis eram adolescentes entre 13 e 17 anos, 35 eram mulheres entre 18 e 34, outras 21 tinham entre 35 e 59 e quatro tinham mais de 60 anos.

Do número total de mulheres assassinadas, 22 foram mortas pelos seus parceiros, 15 por homens que conheciam, 15 por estranhos, sete morreram às mãos dos seus antigos companheiros, três foram mortas pelos filhos, duas pelos seus padrastos e cinco por outros familiares. Em dois casos não foi possível determinar a relação com o agressor, segundo o relatório.

A organização Católicas da Nicarágua para o Direito de Decidir frisa que os homicídios de mulheres na Nicarágua nem sempre encontram justiça, já que até agora o número de agressores condenados, 22 no total, mal ultrapassa os 30%.

As feministas têm insistido em exigir que o Governo aplique "mão forte" contra a violência masculina, mas também expressaram dúvidas sobre se tal irá ser posto em prática.

Em novembro, a organização feminista apontou o dedo ao Presidente, Daniel Ortega, a quem a sua enteada, Zoilamérica Narváez Murillo, denunciou por violação, por considerarem que o governante estabeleceu uma "ditadura" que afeta em particular as mulheres.

Após críticas constantes nos últimos anos, o governo reabriu os Comissariados das Mulheres, para evitar mortes violentas na Nicarágua, mas os resultados não são os esperados, de acordo com as estatísticas apresentadas.

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