RDCongo. Oito mortos, incluindo crianças, em explosão de granada e ataque
Quatro crianças foram mortas numa explosão de granadas em Ituri e outras quatro pessoas num ataque do grupo Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa) no leste da República Democrática do Congo, disseram hoje as autoridades locais.
© Reuters
Mundo Ataque
"Quatro crianças morreram numa explosão de granadas na terça-feira enquanto brincavam. Um apanhou-a, outro atirou-a ao ar e quando caiu, a granada explodiu" e todos morreram instantaneamente, disse Adel Alingi, administrador do território de Djugu na província de Ituri, no nordeste do país, citado pela agência France-Presse.
O incidente teve lugar na aldeia de Tsoro em território de Djugu, o epicentro da violência num conflito que já custou mais de 1.000 vidas desde o final de dezembro de 2017.
Grande parte da violência é atribuída a militantes da Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), um grupo militar místico que afirma defender os Lendu, uma comunidade local em Ituri.
Durante a noite de terça-feira para quarta-feira, "pelo menos três civis e um soldado foram mortos pelo ADF" na área de Mutwanga, disse à agência noticiosa Donat Kibwana, administrador do território do Beni na província vizinha do Kivu Norte.
"Os assaltantes saquearam e incendiaram algumas casas, levando várias pessoas, e pedi aos chefes locais que fizessem um censo da população para ter uma avaliação provisória" deste ataque, acrescentou.
"De momento, a população está a dirigir-se para a cidade de Beni", adiantou Alingi.
Desde finais de novembro, os ataques do ADF têm-se deslocado do extremo norte para esta região do sudeste onde se localiza o Parque Virunga, uma joia natural, turística e zona protegida
Historicamente, o ADF são rebeldes muçulmanos ugandeses que vivem no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) desde 1995. Há anos que não atacam no vizinho Uganda.
O ADF é a mais mortífera das dezenas de grupos armados ainda ativos no leste da RDCongo e é responsável pela morte de mais de 800 pessoas num ano.
Desde outubro de 2014, cometeram uma série de massacres na região de Beni e arredores, matando mais de 1.000 pessoas.
O exército está a conduzir operações militares na região, mas não tem conseguido parar os massacres.
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