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Costa do Marfim marca eleições legislativas para março de 2021

A Costa do Marfim marcou eleições legislativas para 06 de março de 2021, foi hoje anunciado, um dia após o final de uma ronda de conversações entre Governo e oposição para aliviar a tensão política.

Costa do Marfim marca eleições legislativas para março de 2021
Notícias ao Minuto

18:36 - 30/12/20 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

"Os colégios eleitorais foram convocados para 06 de março para a eleição dos deputados para o mandato de 2021-2025", disse o ministro da Comunicação marfinense, Sidi Toure, no final do Conselho de Ministros.

Os bloqueios permanecem no período que antecede as eleições parlamentares por causa da libertação dos líderes políticos presos após as eleições presidenciais de 31 de outubro, o regresso dos exilados - incluindo o antigo Presidente Laurent Gbagbo - e a reestruturação da comissão eleitoral, que a oposição considera desequilibrada a favor do Governo, disse um líder da oposição, citado pela agência France-Presse sob condição de anonimato.

A Frente Popular da Costa do Marfim (FPI), o partido do ex-presidente Gbagbo e o segundo maior movimento de oposição, anunciou na semana passada que irá participar nas eleições legislativas, pela primeira vez numa década.

O Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), o principal movimento de oposição, ainda não fez qualquer declaração nesse sentido.

A violência eleitoral ligada às eleições presidenciais de 31 de outubro por parte da oposição, que tinha apelado a uma campanha de desobediência civil, deixou 85 pessoas mortas e mais de mil feridos entre agosto e novembro.

O Presidente Alassane Ouattara foi reeleito para um controverso terceiro mandato, que a oposição considera inconstitucional.

A data das eleições legislativas é conhecida no mesmo dia em que foi anunciada a libertação "sob supervisão judicial" de Pascal Affi Nguessan, um dos principais líderes da oposição na Costa do Marfim, detido há quase dois meses.

"Foi colocado sob supervisão judicial e libertado após uma audiência perante o juiz de instrução. Foi para casa", disse o seu advogado, Pierre Dagbo Gode.

Pascal Affi Nguessan, 67 anos, presidente de uma fação da FPI, foi preso em 09 de novembro a cerca de 100 quilómetros de Abidjan.

Affi Nguessan, porta-voz de um partido da oposição que não reconheceu a reeleição do Presidente Alassane Ouattara para um terceiro mandato, tinha ajudado a proclamar o chamado "conselho nacional de transição" para promover uma substituição do regime.

Nguessan, juntamente com outros líderes da oposição, são acusados de "conspiração contra a autoridade do Estado", "movimento insurrecional", "assassínio" e "atos de terrorismo".

"As acusações não foram retiradas, o processo continua", acrescentou o advogado.

A oposição exige a suspensão do processo e a libertação dos líderes detidos no contexto do diálogo iniciado com o Governo, com vista a desanuviar o clima político na Costa do Marfim.

Leia Também: Partido de ex-Presidente Gbagbo regressa às eleições após 10 anos

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