Rússia expulsa diplomata búlgaro em retaliação por medida de Sófia

A Rússia anunciou hoje a expulsão de um diplomata búlgaro em represália por uma medida semelhante tomada este mês por Sófia contra um responsável russo num caso de espionagem.

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© Reuters

Lusa
28/12/2020 14:44 ‧ 28/12/2020 por Lusa

Mundo

Moscovo

 

 "Em 28 de dezembro, o embaixador da Bulgária, A. Krystin, foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, onde recebeu uma nota que declara 'persona non grata' um adido militar adjunto da embaixada búlgada em Moscovo", anunciou a diplomacia russa em comunicado.

O ministério russo precisa que o responsável búlgaro tem 72 horas para deixar a Rússia.

Trata-se de uma resposta à "decisão infundada" da Bulgária de expulsar, em meados de dezembro, o adido militar russo em Sófia, acrescentou o mesmo comunicado.

A Bulgária anunciou a 18 de dezembro a expulsão do diplomata russo na sequência de um inquérito que lhe foi dirigido por espionagem das tropas norte-americanas estacionadas neste país balcânico membro da NATO, indicou hoje o Governo búlgaro.

"O ministério dos Negócios Estrangeiros declarou 'persona non grata' um diplomata da embaixada da Rússia em Sófia e deu-lhe 72 horas para deixar o país devido a atividades incompatíveis com o seu estatuto diplomático", declarou o ministério em comunicado.

Em setembro passado, Sófia tinha já anunciado a expulsão de dois outros diplomatas russos, acusados desde 2016 "informação sobre os projetos de modernização do exército búlgaro", segundo o procurador.

Membro da NATO desde 2004 e da União Europeia desde 2007, a Bulgária mantém tradicionais e estreitas relações políticas e económicas com Moscovo, mas os casos de alegada espionagem que envolvem cidadãos russos têm vindo a multiplicar-se.

Em outubro de 2019, um primeiro diplomata russo acusado de espionagem foi expulso. Em janeiro de 2020, um segundo diplomata foi reenviado para Moscovo, e ainda um funcionário da embaixada da Rússia em Sófia.

Antigo membro do Pacto de Varsóvia, a Bulgária ainda dispõe de muito armamento de origem soviética. No âmbito de um programa de modernização da NATO, prevê-se a entrega em 2024 de oito aviões norte-americanos F-16 que foram comprados em julho passado.

 

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