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Ativista saudita dos direitos das mulheres condenada a 6 anos de prisão

Uma das mais proeminentes ativistas dos direitos das mulheres da Arábia Saudita foi condenada hoje a cinco anos e oito meses de prisão por um tribunal especializado em casos de terrorismo, informou a imprensa saudita.

Ativista saudita dos direitos das mulheres condenada a 6 anos de prisão
Notícias ao Minuto

11:41 - 28/12/20 por Lusa

Mundo Ativista

Loujain al-Hathloul está em prisão preventiva há mais de dois anos, período considerado na sentença proferida, adiantou a imprensa saudita citando a decisão do tribunal.

O caso atraiu críticas internacionais de organizações de direitos humanos, membros do Congresso dos Estados Unidos e deputados da União Europeia.

De acordo com o jornal Sabq, al-Hathloul foi considerada culpada de tentar fazer mudanças seguindo objetivos estrangeiros e de usar a internet para prejudicar a ordem pública. A ativista tem agora 30 dias para recorrer da decisão.

A ativista foi detida juntamente com outras mulheres sauditas que pediram abertamente, em maio de 2018, para lhes ser reconhecido o direito a conduzir, pouco antes de ter sido autorizado, e apelaram à suspensão das leis de tutela masculina, que restringem a liberdade de movimento das mulheres e a sua capacidade de viajar para fora do país.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal ben Farhan Al-Saoud, Loujain al-Hathloul, de 31 anos, é acusada de ter mantido contacto com Estados "hostis" ao reino e de ter transmitido informações confidenciais, mas a sua família diz que o Governo saudita não forneceu qualquer prova para apoiar as acusações.

A família de Loujain al-Hathloul anunciou em 25 de novembro que o caso tinha sido transferido para um tribunal criado em 2008 para tratar especificamente de casos de terrorismo, mas que, segundo várias organizações de direitos humanos, tem sido frequentemente utilizado para julgar presos políticos.

A ativista iniciou uma greve de fome na prisão em 26 de outubro, mas interrompeu-a duas semanas depois, segundo contou a sua família e a organização humanitária Amnistia Internacional.

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