Centro-africanos votam hoje no novo Presidente e composição do parlamento
A população da República Centro-Africana (RCA) é hoje chamada às urnas para eleger o Presidente do país, com o atual chefe de Estado, Faustin Archange Touadéra, a surgir como o principal favorito à vitória.
© Shutter Stock
Mundo RCA
Além da eleição do Presidente do país, os centro-africanos irão decidir a composição da Assembleia Nacional da RCA.
A corrida presidencial e conta com 17 nomes no boletim de voto, incluindo o de Anicet-Georges Dologuélé, candidato do partido União para a Renovação Centro-Africana, que nas anteriores eleições disputou a segunda volta frente a Touadéra.
Na primeira ronda dessas eleições, realizada em 30 de dezembro de 2015, Dologuélé recolheu 23,74% dos votos, tendo sido derrotado por Touadéra na segunda volta, com o agora Presidente cessante a conquistar 62,71% dos boletins.
Ao contrário das eleições de 2015 e 2016, até agora ainda não é conhecido publicamente o número de eleitores registados para votar, mas a média dos últimos dois atos eleitorais ronda os 1,8 milhões, no país com uma população estimada de 4,87 milhões de habitantes.
Entre os candidatos encontram-se os "repetentes" da anterior eleição presidencial Désiré Kolingba, Martin Ziguélé, Sylvain Patassé, Abdoul Karim Meckassoua, Cyriaque Gonda e Jean-Serge Bokassa.
No boletim de voto constam também os nomes dos antigos primeiros-ministros Mahamat Kamoun e Nicolas Tiangaye, o antigo presidente do Conselho Nacional de Transição Alexandre-Ferdinand Nguendet, a antiga presidente-interina do país Catherine Samba-Panza, Augustin Agou, Crépin Mboli Goumba, Serge Djorie, Eloi Anguimaté e Aristide Reboas.
O grande ausente é o antigo Presidente François Bozizé, considerado uma das maiores ameaças a Touadéra e que viu a sua candidatura ser invalidada no início do mês pelo Tribunal Constitucional da RCA.
No sábado, o Tribunal Constitucional da RCA recusou o recurso interposto por seis candidatos da oposição para o adiamento das eleições presidenciais e legislativas.
As eleições realizam-se depois de uma crescente tensão na última semana, marcada pelo estabelecimento de uma coligação entre líderes dos três principais grupos armados, que ocupam grande parte do território da RCA e conduzem uma ofensiva no norte e oeste do país.
No sábado, a ONU anunciou a morte de três capacetes-azuis do Brurundi nos confrontos.
A República Centro-Africana foi devastada pela guerra civil depois de uma coligação de grupos armados dominados por muçulmanos, a Séléka, ter derrubado o regime do Presidente François Bozizé em 2013.
Os confrontos entre a Séléka e milícias cristãs e animistas anti-Balaka provocaram milhares de mortes.
Desde 2018, a guerra evoluiu para um conflito de baixa intensidade no qual grupos armados competem pelo controlo dos recursos do país, principalmente gado e minerais, e cometem regularmente abusos contra a população civil.
Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a missão da ONU (Minusca) e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com