Tribunal ordena libertação de acusado de matar jornalista Daniel Pearl
O Tribunal Superior de Sindh, no sul do Paquistão, declarou hoje nula a ordem de prisão preventiva do principal acusado pelo assassínio do jornalista norte-americano Daniel Pearl e ordenou a sua libertação.
© Reuters
Mundo Paquistão
A determinação do tribunal provincial anula a ordem do governo para que Ahmed Omar Saeed Sheikh permanecesse sob custódia.
Sheikh tinha sido condenado à morte pelo assassínio do jornalista - decapitado em 2002, quando investigava organizações islâmicas extremistas na cidade de Carachi -, mas foi absolvido a 02 de abril, tendo ficado detido enquanto a família de Pearl recorria da absolvição.
"O tribunal ordenou a libertação de Ahmed Omar Saeed Sheikh e três cúmplices", disse à agência noticiosa espanhola o procurador-geral da província de Sindh, Fiaz Shah.
Os cúmplices tinham sido condenados a prisão perpétua e foram também absolvidos em abril, numa decisão que surpreendeu o governo dos Estados Unidos, a família de Pearl e grupos de defesa do jornalismo.
Os quatro não poderão abandonar o país, devendo aguardar em liberdade o resultado do apelo sobre a absolvição, mas Shah afirmou que vai apelar da decisão de hoje perante o Supremo Tribunal.
O governo, que se opôs à libertação de Sheikh considerando que colocaria o público em risco, também recorreu da absolvição em abril.
O repórter do Wall Street Journal, com 38 anos, foi sequestrado a 23 de janeiro de 2002 e um vídeo da sua decapitação foi enviado para o consulado dos Estados Unidos.
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