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Sudão vê fim da missão de paz um regresso à comunidade internacional

O governo sudanês saudou hoje o fim do mandato da missão de manutenção da paz em Darfur (UNAMID) a 31 de dezembro, considerando-a um passo no seu regresso à comunidade internacional, após o fim do regime de Al-Bashir.

Sudão vê fim da missão de paz um regresso à comunidade internacional
Notícias ao Minuto

15:42 - 23/12/20 por Lusa

Mundo Sudão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sudanês afirmou, através de uma declaração, que este é "um passo importante no caminho de regresso do Sudão à comunidade internacional e na abordagem da sua relação com os organismos de trabalho multilaterais".

Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU votou por unanimidade a favor do fim da missão da União Africana e das Nações Unidas no Darfur, até 31 de dezembro de 2020, e da retirada de todo o seu pessoal até 30 de junho de 2021.

Essa decisão "não teria sido possível sem as realizações do governo revolucionário para estabelecer a paz e a segurança em Darfur", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, referindo-se ao executivo de transição formado em 2019 após o derrube do antigo presidente sudanês, Omar al-Bashir, em abril desse ano, após meses de protestos nas ruas do Sudão.

A nota destacou, em particular, o acordo de paz selado pelo governo de Cartum e os principais grupos rebeldes sudaneses, incluindo os de Darfur, em outubro passado, em Juba, capital do Sudão do Sul, que abriu a porta ao fim de vários conflitos em diferentes regiões do país africano.

Os Negócios Estrangeiros registaram igualmente o "compromisso do governo de transição em assumir a sua responsabilidade de proteger os cidadãos de Darfur", em particular os que se encontram nos campos de refugiados, e em assegurar condições para o seu regresso em segurança às suas áreas de origem.

A UNAMID foi criada em 2007, quatro anos após grupos armados no Darfur terem pegado em armas contra o governo central em protesto contra a pobreza e marginalização sofridas pelo povo desta região do Sudão ocidental.

Entre 2003 e 2008 esta vasta região foi palco de um conflito sangrento que matou mais de 300.000 pessoas, de acordo com a ONU.

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