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Nove em cada 10 famílias de refugiados sírias na pobreza no Líbano

Nove em cada dez famílias de refugiados sírias vivem em condições de extrema pobreza, indica hoje um relatório das Nações Unidas, elaborado pelas agências da ONU para os Refugiados (ACNUR), Infância (Unicef) e Programa Alimentar Mundial (PAM).

Nove em cada 10 famílias de refugiados sírias na pobreza no Líbano
Notícias ao Minuto

19:41 - 18/12/20 por Lusa

Mundo ONU

"A crise económica, a forte inflação, a covid-19 e a explosão [no porto de] em Beirute [a 04 de agosto, que provocou mais de 200 mortes] deixaram as comunidades vulneráveis no Líbano, sobretudo os refugiados sírios, à beira do abismo", lê-se no documento, 

O Líbano está mergulhado na sua maior crise económica em décadas, com uma depreciação cambial histórica, hiperinflação, demissões em massa e pobreza crescente.

As autoridades libanesas indicam que o país acolhe atualmente cerca de 1,5 milhões de sírios, incluindo quase um milhão registados pelas Nações Unidas como refugiados que fugiram do conflito na vizinha Síria.

Segundo relatório, 89% das famílias de refugiados sírios no Líbano vivem atualmente em extrema pobreza, contra 55% em 2019. 

Os refugiados sírios vivem agora com menos de 309 libras libanesas 'per capita' mensal (cerca de 167 euros) ao câmbio oficial.

O montante médio de uma família de refugiados síria endividada aumentou 18%, com a compra de alimentos a constituir-se como a primeira razão da acumulação de dívidas, acrescenta-se no documento, que adianta que os preços dos produtos de primeira necessidade no Líbano "subiram quase para o triplo" desde outubro de 2019.

No relatório é também indicado que as famílias estudadas se debatem com a insegurança alimentar, que aumentou 28% num ano.

As agências da ONU alertaram para a necessidade de se desenvolverem "estratégias de adaptação" para que as famílias de refugiados sírias possam acabar com o casamento precoce dos filhos e filhas ou a retirarem-nos da escola para trabalhar.

"A situação dos refugiados sírios no Líbano tem-se deteriorado há anos, mas os resultados do estudo [...] mostram, de forma dramática, o quanto se tornaram difíceis para sobreviverem", afirmou a representante do ACNUR no Líbano, Mireille Girard.

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