Paquistão pede redução de violência durante reunião com talibãs
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, apelou hoje a uma redução da violência no Afeganistão durante uma reunião com uma delegação liderada pelo principal negociador dos talibãs, o mullah Abdul Ghani Baradar.
© Reuters
Mundo Paquistão
"O primeiro-ministro expressou a sua preocupação pelo alto nível de violência e pediu a todos os lados que reduzam a violência ou façam mesmo um cessar-fogo", afirmou o gabinete do chefe de Governo, em comunicado.
O encontro de Khan com Baradar é a primeira reunião oficial de um governante paquistanês desde o início do conflito no Afeganistão, em 2001.
O encontro centra-se no processo de paz afegão, tendo as autoridades paquistanesas sublinhado novamente o seu apoio a um "Afeganistão pacífico, estável, unido, independente, soberano e próspero".
Baradar discutiu com Khan questões relacionadas com os milhões de refugiados afegãos no Paquistão, com o comércio e a situação dos afegãos presos naquele país, enquanto "o primeiro-ministro do Paquistão garantiu o seu apoio às negociações intra-afegãs e afirmou que o seu país quer paz no Afeganistão", segundo um porta-voz talibã.
Esta é a terceira viagem oficial de Baradar a Islamabad, que passou oito anos numa prisão do Paquistão.
O Afeganistão acusa, há vários anos, o Paquistão de abrigar e apoiar talibãs no seu território, pelo que a cooperação do Paquistão, que sempre negou essas acusações, é importante.
As negociações de paz entre os insurgentes e o Governo afegão deviam ter começado depois do acordo histórico alcançado entre os talibãs e os Estados Unidos, em fevereiro passado, no Qatar, no qual foi decidida a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão num prazo de 14 meses, mas a falta de acordo sobre a libertação de 5.000 presos talibã e 1.000 das forças de segurança afegãs atrasou as conversações até setembro.
Os Estados Unidos anunciaram no domingo que começaram a reduzir o número de militares presentes no Afeganistão, devendo passar dos atuais 4.500 para 2.500 até 15 de janeiro, e retirando todos ainda em 2021.
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