Frisando que os quatro países "são parceiros de longa data da UE", a Comissão Europeia refere que os fundos servirão para permitir que as populações locais "beneficiem de um apoio sanitário e de uma proteção social reforçada em 2021", mas também para "ajudar as empresas [daqueles países] durante um período difícil".

Em comunicado, a comissária com a pasta das Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, referiu que a "resposta global da UE" passa também por oferecer "um apoio de urgência" aos países parceiros da UE na sua "resposta à crise [de covid-19] no plano sanitário e económico".

"Além disso, trata-se de planificar a recuperação a longo prazo de maneira a que, juntos, possamos construir um mundo mais verde, mais justo e mais durável para as gerações futuras. Estou convencida de que a mobilização europeia ao lado dos países africanos irá permitir que atinjamos esses dois objetivos", referiu Urpilainen.

O Benim será o país mais beneficiado por estas verbas, estando previsto que receba 46,56 milhões de euros -- a que se acrescentam 10 mil milhões de euros que já tinham sido alocados pela UE ao país em junho -- para dar ao governo local "uma maior margem de manobra orçamental para financiar as medidas que permitem enfrentar a pandemia".

A capacidade para "reduzir a pressão sobre o orçamento nacional" é também uma das razões pelas quais a UE prevê alocar 15 milhões de euros à Serra Leoa, frisando que os fundos "permitirão que o governo hierarquize as despesas relativas à pandemia, enquanto mantém o apoio às prioridades de desenvolvimento".

Para a República Centro-Africana, a UE destina 14 milhões de euros que servirão para, por um lado, "garantir a continuidade dos cuidados de saúde básicos à população durante todo o ano de 2021" e, por outro, financiar um programa de "proteção civil".

Já para a Libéria, estão previstos 8,7 milhões de euros para ajudar o país a enfrentar os efeitos da covid-19 nos "setores da saúde, educação, comércio, indústria, agricultura e infraestruturas".

No total, o executivo comunitário refere que já mobilizou 8 mil milhões de euros para ajudar países africanos a responder à pandemia de covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 57.817 mortos confirmados em mais de 2,4 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

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