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Governo oferece recompensa para localizar líderes do Tigray em fuga

As autoridades etíopes ofereceram hoje uma recompensa de cerca de 200.000 euros por informações que levem à localização dos líderes dissidentes em fuga da região norte de Tigray, palco de uma operação militar desde 04 de novembro.

Governo oferece recompensa para localizar líderes do Tigray em fuga
Notícias ao Minuto

11:10 - 18/12/20 por Lusa

Mundo Etiópia

Os líderes da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), o partido que dirigia as instituições regionais após ter mantido o controlo do poder de toda a Etiópia durante quase 30 anos em Adis Abeba, estão em fuga desde a anunciada tomada militar da capital do Tigray, Mekele, em 28 de novembro último.

O exército etíope pagará 10 milhões de birrs (cerca de 210.000 euros) "a quem conhecer a localização exata dos líderes da junta da TPLF", disse o chefe do departamento de informação do exército, general Asrat Denero, citado pela estação estatal de rádio e televisão EBC.

Asrat Denero divulgou ainda números de telefone dedicados a receber eventuais informações.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed Ali, assegurou aos deputados no passado dia 30 de novembro, dois dias após a tomada de Mekele, que os líderes da TPLF estavam a ser seguidos "a partir da sala de crise" pelo exército federal e que seriam rapidamente presos.

Indicou ainda que se encontravam a cerca de 50 quilómetros a oeste de Mekele, referência que o presidente deposto do governo regional do Tigray e líder da TPLF, Debretsion Gebremichael, garantiu à AFP ser imprecisa.

Os líderes da TPLF em fuga estão inacessíveis há quase duas semanas.

Abiy Ahmed, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2019, enviou o exército federal para Tigray para substituir os líderes da TPLF, que vinham a desafiar o Governo central há vários meses, por "instituições legítimas" e conduzi-los perante a justiça.

Após semanas de tensão crescente, Abiy Ahmed acusou a liderança tigray no início de novembro de atacar duas bases militares na região, e justificou desta forma a intervenção militar lançada no dia 4 desse mês. Debretsion negou as acusações.

Em 13 de novembro, a polícia federal etíope emitiu mandados de detenção para o Debretsion e 63 outros líderes da TPLF.

Apesar do anúncio de Adis Abeba do fim da operação militar, os combates continuam em todo o estado do Tigray, segundo as Nações Unidas, que lamentam o facto de as autoridades etíopes estarem a restringir o seu acesso à região.

Não existe até agora qualquer balanço preciso do número de mortos e feridos resultantes do conflito em Tigray. Os combates forçaram mais de 50.000 pessoas a procurar refúgio no vizinho Sudão e deslocaram mais de 63.000 pessoas dentro da região, de acordo com as Nações Unidas.

Leia Também: UE suspende ajuda de 90 milhões à Etiópia devido a conflito no Tigray

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