Movimento Democrático critica modelo de informação sobre estado da Nação
O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, criticou hoje o modelo de apresentação da informação sobre o estado da Nação do Presidente no parlamento, considerando necessário abrir espaço para perguntas dos deputados.
© Lusa
Mundo Moçambique
"O modelo adotado, que as bancadas parlamentares não colocam as suas perguntas ao chefe de Estado, é uma amputação à democracia", declarou à comunicação social na Beira o presidente do MDM, terceira força política com assento no parlamento.
Em causa está a informação sobre o estado da Nação apresentada hoje pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, no parlamento.
Para Simango, o modelo ideal para este tipo de processo passa pela abertura de espaço para que haja um diálogo franco, em que o chefe de Estado é questionado pelos deputados sobre temas importantes no panorama político e económico.
"Este modelo retira o direito do cidadão de cultivar a participação democrática. É necessário um debate entre o chefe de Estado e os [representantes] dos eleitores para decepar as dúvidas sobre as matérias levantadas", acrescentou.
Por outro lado, o líder do MDM disse que esperava ouvir do chefe de Estado qual foi o real impacto da pandemia de covid-19 na vida dos moçambicanos, com a crise no setor empresarial imposta pelas restrições adotadas face à doença.
"Parece uma contradição que, perante o encerramento de diversas empresas face à covid-19, haja a abertura de empreendimentos e suficientes postos de trabalho [como disse o Presidente]. Portanto, nestas condições ainda não encontramos a resposta inovadora nem renovada esperança", concluiu Simango, em alusão a algumas partes do discurso de Filipe Nyusi.
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