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Encontrado fóssil de dinossauro com 'cabelo' e 'hastes' nos ombros

A descoberta foi feita no Brasil.

Encontrado fóssil de dinossauro com 'cabelo' e 'hastes' nos ombros
Notícias ao Minuto

11:20 - 16/12/20 por Sara Gouveia

Mundo Descoberta

Tinha o tamanho de uma galinha, andava em duas patas, exibia uma juba impressionante e 'hastes' a saírem-lhe dos ombros. A descrição é de um dinossauro recém-identificado por investigadores que encontraram o fóssil no Brasil e dizem ser o primeiro do seu tipo com penas na América do Sul.

O dinossauro pertencerá ao período Cretáceo e sobreviveria à base de insetos e pequenos vertebrados como sapos e lagartos. Por dentro tinha um esqueleto muito semelhante a pequenos dinossauros do período Jurássico anterior, mas por fora era tudo menos comum.

Chamado Ubirajara jubatus, tinha uma juba de algo semelhante a cabelo, ao mesmo tempo que ostentava duas estruturas tipo hastes rígidas a saírem-lhe dos ombros, provavelmente feitas de queratina, a mesma substância de que são compostos os cabelos e as unhas.

"Existem muitos dinossauros estranhos, mas este é diferente de qualquer um deles", assumiu, em declarações à Reuters, o professor de paleobiologia David Martill, da Universidade de Portsmouth, em Inglaterra, que ajudou a conduzir o estudo sobre o animal publicado na revista científica Cretaceous Research.

A juba com 'cabelos' do Ubirajara jubatus aparenta ser feita de uma forma rudimentar de penas chamadas protopenas. Não era cabelo verdadeiro, uma característica exclusivamente mamífera. Muitos dinossauros tinham penas, aliás, os pássaros evoluíram de pequenos dinossauros com penas há cerca de 150 milhões de anos. Mas "provavelmente à distância parecia mais peludo do que com penas", acrescentou David.

As 'hastes' poderiam ser utilizadas para adorno, para atrair companheiros ou intimidar adversários, explicou o investigador, dando o exemplo das penas dos pavões. "Estas fitas que parecem sair-lhe dos ombros não se parecem com nada que já tenha visto na natureza antes", referiu ainda.

O animal terá vivido há cerca de 110 milhões de anos.

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