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Correspondentes na Ásia preocupados com prisão de jornalista da Bloomberg

O Clube de Correspondentes Estrangeiros do Japão e outros grupos de jornalistas na Ásia expressaram hoje preocupação pela prisão em Pequim da jornalista chinesa Haze Fan, funcionária da agência de notícias Bloomberg.

Correspondentes na Ásia preocupados com prisão de jornalista da Bloomberg
Notícias ao Minuto

09:38 - 15/12/20 por Lusa

Mundo Jornalismo

Fan foi presa por agentes da Segurança do Estado e o caso está "sob investigação", confirmou na segunda-feira o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin.

Grupos correspondentes do Japão, Hong Kong, Filipinas, Indonésia, Taiwan e Tailândia disseram numa declaração conjunta que estão "muito preocupados" com esta prisão, unindo-se aos esforços do Clube de Correspondentes Estrangeiros da China (FCCC) para obter uma explicação das autoridades chinesas.

"Os clubes reuniram-se para expressar o seu alarme com as notícias sobre a deterioração das condições para jornalistas que trabalham para órgãos internacionais na China", lê-se no comunicado conjunto.

Segundo a mesma nota, Fan está desaparecida desde 7 de dezembro e só na quinta-feira passada a Bloomberg recebeu confirmação das autoridades sobre a sua prisão "por suspeita de participação em atividades que colocam em risco a segurança do Estado".

"Os cidadãos chineses desempenham um papel inestimável no apoio à imprensa estrangeira na China. Sem o seu trabalho, seria difícil para os órgãos estrangeiros operar na China, e a sua segurança é uma questão de extrema preocupação", afirmou o comunicado.

Fan começou a trabalhar para a Bloomberg em 2017, após passar por uma série de outras organizações estrangeiras na China.

A China deteve cidadãos chineses colaboradores de media estrangeiros no passado por reportagens suscetíveis de danificar a imagem do Partido Comunista.

As autoridades também têm punido a imprensa estrangeira de forma mais geral, limitando as suas operações, ao expulsar jornalistas, ou emitindo apenas vistos de curto prazo.

O Governo chinês expulsou este ano 17 jornalistas do The Washington Post, The Wall Street Journal e outros órgãos norte-americanos.

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