Descanso até 2021 para as manifestações pró-democracia na Tailândia
As manifestações pró-democracia na Tailândia, que, desde junho, ocorrem quase ininterruptamente em todo o país, vão descansar até ao próximo ano, anunciou um dos líderes do movimento.
© Reuters
Mundo Tailândia
O advogado Arnon Nampa indicou que os protestos "vão fazer uma pausa" e "ser necessário falar" com os diferentes grupos incluídos no movimento pró-democracia, liderado por agrupações estudantis, para estabelecer uma data de regresso.
Na quinta-feira, quando o país assinalou o dia da Democracia, vários grupos organizaram reuniões no centro histórico de Banguecoque, embora tenham decorrido com menor participação do que habitualmente e com um tom mais festivo, incluindo concertos e conversas.
Esta onda de manifestações, especialmente forte a partir de meados de outubro, é dirigida contra o primeiro-ministro tailandês, Prayut Cha-Ocho, ao qual pediram a demissão, ao mesmo tempo que exigiram uma nova Constituição para limitar o poder dos militares, que em 13 golpes de Estado desde 1932 dirigiram o país.
A reforma da monarquia é a exigência mais audaz dos manifestantes e aquela que criou mais fricções com os setores mais conservadores da Tailândia.
Os protestos desafiam diretamente a casa real tailandesa com mensagens explícitas que, até há alguns meses eram tabu e impensáveis em manifestações públicas.
Arnon, juntamente com pelo menos 24 pessoas, incluindo os principais líderes, enfrenta pela participação nas manifestações uma acusação pelo crime de lesa majestade, lei que protege a crítica ao rei e prevê penas de 15 anos de cadeia.
O rei Vajiralongkorn, de 68 anos e que ascendeu ao trono em 2016, desperta menos respeito que o pai, o defunto e venerado Bhumibol Adulyadej, e os largos períodos que passa na Alemanha são criticadas pelos estudantes.
O monarca, que se encontra na Tailândia desde meados de outubro, assumiu o controlo pessoal de várias unidades militares e da fortuna real, avaliada em pelo menos 29 mil milhões de euros.
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