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França discutiu "desenvolvimentos" da sua missão com líderes malianos

O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas de França, Fançois Lecointre, reuniu-se hoje com os novos líderes militares e políticos do Mali, numa iniciativa de avaliação da ação francesa no Sahel, tendo discutido os "novos desenvolvimentos" deste compromisso.

França discutiu "desenvolvimentos" da sua missão com líderes malianos
Notícias ao Minuto

20:53 - 11/12/20 por Lusa

Mundo Forças Armadas

À comunicação social, o general Lecointre afirmou que teve "diálogos particularmente francos e claros" com o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas do Mali, com o Presidente, com o vice-presidente e com o ministro da Defesa, designados para estes cargos desde o golpe militar de agosto, que afastou o então Presidente, Ibrahim Boubacar Keita.

A visita de Lecointre segue-se à dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, e das Forças Armadas, Florence Parly, num momento em que Paris avalia o seu envolvimento no Sahel.

Na quinta-feira, Lecointre esteve em Gao, no nordeste do país, onde inspecionou elementos da força anti-'jihadista' francesa, a Barkhane, e avaliou a sua cooperação com o Exército maliano.

Durante o dia de hoje, o general reuniu-se com as autoridades do Mali para fazer um ponto da situação, quase um ano depois da Cimeira de Pau, e "tentar traçar quais poderiam ser os desenvolvimentos futuros do compromisso francês e do compromisso internacional".

A Cimeira de Pau, realizada em janeiro de 2020, aumentou em 600 o número de efetivos na missão francesa, que agora totaliza cerca de 5.100 operacionais.

Em novembro, o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que teria "nos próximos meses, decisões a tomar a fim de desenvolver a Barkhane".

A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.

Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da ONU e da União Europeia.

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