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Ativista saudita compareceu hoje perante tribunal especial antiterrorismo

A ativista dos direitos humanos saudita Loujain al-Hathloul, presa desde 2018, compareceu hoje perante um tribunal especial antiterrorismo, de acordo com a sua família.

Ativista saudita compareceu hoje perante tribunal especial antiterrorismo
Notícias ao Minuto

22:57 - 10/12/20 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

Loujain al-Hathloul foi chamada para responder a acusações que os peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) descreveram como "espúrias", mas que podem resultar na sua prisão durante muitos anos, adianta a agência France-Presse (AFP).

Loujain al-Hathloul foi presa juntamente com outros ativistas em maio de 2018, pouco antes do levantamento da proibição de condução das mulheres na Arábia Saudita, uma reforma pela qual tinham estado em campanha.

A família anunciou em 25 de novembro que o seu caso tinha sido transferido por um juiz do Tribunal Penal de Riade para um tribunal que se ocupava de casos de terrorismo.

O tribunal penal especializado foi criado em 2008 para julgar casos de terrorismo, mas desde então tem sido utilizado para julgar prisioneiros políticos.

Riade tem sido amplamente criticada internacionalmente pelo seu histórico em matéria de direitos humanos.

A comparência de Al-Hathlul em tribunal ocorre dois dias depois de um proeminente médico saudita, Walid Fitaihi, ter sido condenado a seis anos de prisão, acusado, entre outras coisas, de obter a cidadania americana sem autorização e simpatia por uma organização terrorista não identificada, disse à AFP uma fonte próxima da sua família.

"O moral de Loujain é bom, mas a sua condição física permanece fraca", revelou a irmã, Alia al-Hathloul.

A ativista tinha iniciado uma greve da fome na prisão em 26 de outubro, interrompida após duas semanas, de acordo com a sua família e a Amnistia Internacional.

"Estamos extremamente preocupados em saber que Loujain al-Hathloul, que se encontra detida há mais de dois anos sob acusações espúrias, está agora a ser julgada por um tribunal especializado em casos de terrorismo", disse a presidente do grupo de trabalho da ONU sobre discriminação contra mulheres e raparigas, Elizabeth Broderick, que reitera o apelo "à Arábia Saudita para que liberte imediatamente esta ativista dos direitos humanos que deu um contributo significativo para o avanço dos direitos das mulheres".

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, a jovem, de 31 anos é acusada de ter estado em contacto com estados "hostis" ao reino e de transmitir informações confidenciais, mas a sua família diz que o Governo saudita não forneceu quaisquer provas tangíveis para fundamentar estas acusações.

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