Ativistas pedem frente à ONU de Banguecoque fim de lei 'lesa-majestade'
Algumas dezenas de ativistas que pedem a reforma da monarquia tailandesa reuniram-se hoje em frente a uma delegação das Nações Unidas em Banguecoque para pedir à organização que pressione o Governo a acabar com a lei de 'lesa-majestade'.
© Lusa
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Esta legislação é usada, segundo os ativistas, para silenciar o movimento, já que 23 dos seus líderes estão a ser processados de acordo com a lei, pelo seu papel em protestos que pediram reformas da monarquia e maior transparência das finanças reais.
A lei de 'lesa-majestade' protege o rei Maha Vajiralongkorn e a sua família de quaisquer críticas, sendo que os infratores enfrentam penas de prisão de entre três a 15 anos.
Entre os manifestantes está Somyot Prueksakasemsuk, de 59 ano, que passou sete anos na prisão por publicar uma sátira sobre uma família real fictícia, considerada difamatória para a monarquia, refere a agência de notícias francesa AFP.
Centenas de manifestantes também se reuniram hoje perto de um memorial, em Banguecoque, que faz homenagem à vida de ativistas mortos num massacre perpetrado em 1973 pela polícia tailandesa.
Desde o verão que a Tailândia tem sido palco de diversas manifestações de um movimento pró-democracia, cuja principal reivindicação é a renúncia do Governo, liderado por Prayut Chan-ocha, mas também uma nova Constituição, já que a atual foi elaborada pela antiga junta militar (2014-2019), e a redução da influência do exército na política.
A exigência mais polémica é, no entanto, a reforma da monarquia, assunto tabu até há pouco tempo devido ao grande respeito que a instituição inspirou e à lei da 'lesa-majestade', que prevê penas duras para quem criticar a coroa.
A monarquia é uma instituição virtualmente intocável na Tailândia, que muitos cidadãos comuns consideram o coração e a alma da nação.
O rei Vajiralongkorn, que passa grande parte do seu tempo na Alemanha, esteve na Tailândia em outubro para participar em cerimónias religiosas e no aniversário da morte do seu pai, Bhumibol Adulyadej, falecido em 2016.
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