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Bruxelas. Justiça decide em janeiro acusações contra autores de atentados

A justiça belga vai anunciar em janeiro se vai remeter a tribunal a acusação de terrorismo ao francês Salah Abdeslam e a sete outros suspeitos dos ataques 'jihadistas' de março de 2016 em Bruxelas, indicou hoje fonte oficial.

Bruxelas. Justiça decide em janeiro acusações contra autores de atentados
Notícias ao Minuto

15:43 - 09/12/20 por Lusa

Mundo Bruxelas

Entre os 13 arguidos, oito poderão ser acusados de "assassínios cometidos num contexto terrorista", dois julgados num tribunal correcional e os três restantes deverão beneficiar de uma saída em liberdade por falta de provas suficientes.

A decisão sobre as acusações pedidas pelo Ministério Público belga será anunciada a 05 de janeiro próximo, como reafirmou hoje o procurador numa audiência na Câmara do Conselho do Tribunal de Bruxelas.

Fonte judicial, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), indicou que o libelo acusatório não foi contestado por ninguém na audiência de hoje, que decorreu à porta fechada, em que vários réus - os principais estavam ausentes - enfrentaram os advogados das vítimas.

Segundo a fonte da AFP, vários advogados não apresentaram qualquer contestação, reservando os argumentos para o julgamento, que não deve ocorrer antes de 2022.

Na manhã de 22 de março de 2016, um duplo atentado à bomba, um no aeroporto e outro, depois, numa carruagem do metropolitano de Bruxelas, provocou 32 mortos e mais de 340 feridos. 

Concretizados pela mesma célula 'jihadista' franco-belga que esteve na origem dos ataques parisienses de 13 de novembro de 2015 (130 mortos), os atentados tinham sido reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Para Salah Abdeslam, o 'jihadista' de 31 anos que é o único membro sobrevivente dos comandos de 13 de novembro de 2015, o futuro julgamento em Bruxelas será o seu segundo na Bélgica. 

Abdeslam já foi condenado em 2018 a 20 anos de prisão por ter disparado contra agentes da polícia belga, três dias antes de sua prisão a 18 de março de 2016, na capital belga. 

No caso de 22 de março de 2016, Abdeslam, detido na França, é um dos principais réus, tal como Mohamed Abrini, conhecido como "o homem do chapéu", que desistiu de se fazer explodir no aeroporto, e Osama Krayem, cúmplice.

Nenhum dos três esteve presente na audiência realizada na sede da NATO, em Bruxelas, um grande espaço com apertadas medidas de segurança, que deverá acolher também um futuro julgamento.

A audiência, iniciada segunda-feira, foi a última possibilidade para os advogados expressar os derradeiros argumentos sobre os quatro anos de investigação.

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