"A União Europeia deve desempenhar uma mediação justa e honesta", afirmou o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, numa conferência de imprensa, em Ancara, com o seu homólogo húngaro, Peter Szijjarto.

As sanções contra Ancara vão estar em cima da mesa na cimeira europeia de 10 de dezembro, face à exploração de gás feita pela Turquia no Mediterrâneo Oriental, em zonas marítimas em disputa com a Grécia e com o Chipre.

Na sexta-feira, a UE já tinha condenado a continuação de "atos unilaterais" e de uma "retórica hostil" por parte da Turquia.

Citado pela agência Efe, Cavusoglu rejeitou estas acusações, referindo que a Grécia recursou o diálogo, apesar de Ancara ter suspenso, na ocasião, as atividades de perfuração.

O navio turco de investigação Oruç Reis "encerrou as atividades em 29 de novembro, mas a Grécia continua a encontrar pretextos para evitar o diálogo", considerou o mesmo responsável.

O chefe da diplomacia turca disse ainda esperar "que o bom senso" prevaleça na Europa.

Na segunda-feira, o Presidente turco pediu uma solução equilibrada para se resolverem as disputas no Mediterrâneo Oriental com a Grécia e Chipre.

"Peço a todos os nossos vizinhos e residentes do Mediterrâneo, em particular a Grécia, que não vejam essa questão como um jogo que termina em zero a zero", referiu Recep Tayyip Erdogan, numa mensagem de vídeo hoje divulgada.

A UE enviou uma proposta de abertura a Ancara em outubro, acompanhada por uma ameaça de sanções se a Turquia não suspendesse as suas ações.

Mas vários Estados-membros, incluindo a Alemanha, opõem-se à adoção de sanções, de acordo com autoridades europeias.

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