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Chefe da diplomacia da UE constata baixa participação nas eleições

O Alto Representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, sublinhou hoje que as eleições legislativas na Venezuela, realizadas no domingo, tiveram uma participação muito baixa.

Chefe da diplomacia da UE constata baixa participação nas eleições
Notícias ao Minuto

12:11 - 07/12/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Parece que a participação é muito baixa, vamos esperar pelos resultados finais", afirmou Borrell, à chegada à reunião que se realiza hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia em Bruxelas.

O alto representante lembrou que a UE não enviou observadores eleitorais à Venezuela, por considerar que as eleições não cumprem os padrões democráticos mínimos.

Ao longo do dia, os 27 devem emitir um comunicado a rejeitar o resultado.

Na sexta-feira, fontes europeias explicaram que a UE quer promover o maior consenso possível com a oposição ao Governo de Nicolás Maduro e aos países da região, sobre o processo político que se abre até 05 de janeiro.

Nessa data vai terminar o mandato da atual Assembleia Nacional (Parlamento), que a partir daí volta a ser controlada pelos apoiantes de Maduro, embora o líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como Presidente venezuelano por mais de 50 nações, tenha afirmado que pretende continuar a ser o presidente da Assembleia.

Na passada quarta-feira, o Parlamento Europeu anunciou que não iria observar, nem comentar, o processo eleitoral na Venezuela por entender que não estão reunidas as condições para um processo justo e transparente.

"Nenhum membro do Parlamento Europeu foi mandatado individualmente para observar ou comentar este processo eleitoral em seu nome. Portanto, se qualquer Membro do Parlamento Europeu decidir observar estas eleições, fá-lo-á por sua própria iniciativa" e não deverá em circunstância alguma, através de qualquer declaração ou ação, associar a sua participação ao Parlamento Europeu", sublinharam, em declaração à imprensa.

As eleições são questionadas pela comunidade internacional, incluindo a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA), porque consideram que não se trata de um processo transparente face à intervenção dos partidos políticos pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), que foi acusado de ser pró-Chávez.

O Supremo Tribunal colocou à frente destes partidos antigos militantes que foram expulsos e acusados pelos seus antigos colegas de serem corruptos.

Após essa decisão, os partidos, com os seus nomes, cores e símbolos, estarão no cartão eleitoral, mas não sob a liderança dos políticos que foram eleitos pela militância, mas dos que foram impostos pelo TSJ.

Perante isto, a oposição liderada por Guaidó solicitou uma consulta, que começa hoje, para perguntar aos venezuelanos se rejeitam as eleições, se exigem a partida de Maduro e a convocação de novas eleições presidenciais e parlamentares.

Também perguntará se "ordenam" que se deem "os passos necessários perante a comunidade internacional para ativar a cooperação, o acompanhamento e a assistência para salvar a nossa democracia".

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