De acordo com uma das advogadas, citadas pela agência francesa de notícias AFP, Karim Tabbou também foi condenado a pagar uma multa de 100 mil dinares (cerca de 670 euros) pelo tribunal de Koléa, perto de Argel.

O ativista também processado por "abalar a moral do exército", pelo que o procurador exigia três anos de prisão e uma multa de 100 mil dinares, mas não foi essa a condenação, adiantou a advogada Nassima Rezazgui.

Tabbou já tinha sido condenado em março, num tribunal de recurso, por um outro caso que lhe valeu a mesma acusação -- "comprometer a segurança nacional" -, sentença que já cumpriu.

"É realmente lamentável condenar uma pessoa duas vezes pela mesma acusação. É uma violação da lei. Continuamos a lutar para ter um Estado de Direito", comentou a advogada.

Rosto muito popular do "Hirak", um movimento de protesto popular pacífico que agita a Argélia desde fevereiro de 2019 Tabbou, de 47 anos, é também líder de um pequeno partido de oposição não aprovado, o União Democrática e Social (UDS).

A sua fotografia foi regularmente mostrada em cartazes durante manifestações semanais contra o poder na Argélia até estas concentrações terem sido suspensas em março devido à crise sanitária causada pela pandemia de covid-19.

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