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EUA vão colocar restrições a vistos a chineses envolvidos em intimidação

O Departamento de Estado norte-americano disse hoje que os EUA irão impor restrições a conceder vistos aos cidadãos chineses envolvidos em operações de influência no estrangeiro, que envolvam violência e outros meios de intimidação.

EUA vão colocar restrições a vistos a chineses envolvidos em intimidação
Notícias ao Minuto

06:53 - 05/12/20 por Lusa

Mundo EUA

O Secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que as restrições se aplicariam aos funcionários do Partido Comunista Chinês ou a qualquer outra pessoa que participasse em campanhas de propaganda ou de influência ligadas ao Departamento de Trabalho da Frente Unida.

A Frente Unida tem estado envolvida em ações de pressão sobre pessoas fora das fronteiras da China, na região Uighur, no Tibete, mas também noutros locais que levantam preocupações de violações dos direitos humanos.

As "táticas coercivas" incluem a divulgação pública, online, de detalhes pessoais sobre as pessoas que são crítica do regime e seus familiares, como meio de intimidação, disse Pompeo ao anunciar as novas restrições.

A medida pretende mostrar que "os responsáveis por ações que violam a ordem internacional, baseada em regras, não são bem-vindos nos Estados Unidos", afirmou Pompeo.

As restrições são a última medida punitiva tomada pelos EUA contra a liderança e a economia da China, em resposta às disputas acirradas sobre direitos humanos, a pandemia de covid-19, comércio, tecnologia, Taiwan e uma série de outras questões.

Assim, aos cidadãos chineses será negado visto para entrar nos Estados Unidos se tiverem participado nas operações da Frente Unida, utilizando violência, ameaças ou outros meios de pressão contra comunidades, académicos ou grupos da sociedade civil chinesa no estrangeiro, nos EUA ou noutros locais, para fazer avançar as "narrativas autoritárias e preferências políticas do PCC", disse o Departamento de Estado num comunicado sobre a medida.

Não ficou, para já, claro quantas pessoas estarão potencialmente abrangidas pelas novas restrições.

A medida surge na mesma semana em que os EUA anunciaram planos para impor novos limites temporais aos vistos para membros do Partido Comunista Chinês e suas famílias, reduzindo o tempo de validade dos documentos de viagem de 10 anos para um mês.

A China reagiu a essas restrições acusando o governo dos EUA de "uma escalada da repressão política".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, afirmou na quinta-feira que as restrições de viagem eram "manifestamente inconsistentes com os próprios interesses dos EUA" e iriam prejudicar a imagem global da América.

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