Na sua declaração, o chefe da ONU "encoraja os governos e os povos arménio e azeri a comprometerem-se na via do diálogo para favorecer a paz, estabilidade e prosperidade regionais".
O seu texto sublinha ainda a disponibilidade das Nações Unidas em responderem às necessidades humanitárias das populações atingidas no decurso do recente conflito armado no Nagorno-Karabakh, e solicita a plena cooperação das partes para assegurar "um livre acesso" para o envio de ajuda.
O comunicado e António Guterres surge um dia após uma declaração conjunta dos Estados Unidos, Rússia e França, copresidentes do Grupo de Minsk, destinado a reafirmar a importância desta instância, e quando a Turquia reivindica um novo formato de negociações onde seria uma das partes integrantes.
Por sua vez, o Azerbaijão apelou à exclusão da França do grupo de mediação, após a votação pelo Senado francês de um texto não vinculativo que sugere o "reconhecimento" do Nagorno-Karabakh.
Fundado na década de 1990 após uma primeira guerra entre a Arménia e o Azerbaijão, o Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) é responsável pela mediação em torno do conflito no Nagorno-Karabakh, uma autoproclamada república de maioria arménia em território do Azerbaijão.