Grupo de Minsk espera que trégua no Nagorno Karabakh se mantenha
O Grupo de Minsk da Organização para a Cooperação (OSCE) expressou hoje o seu desejo que a paragem da atividade militar no Nagorno Karabakh se mantenha e sirva para Arménia e Azerbaijão negociarem uma paz duradoura.
© Getty Images
Mundo Nagorno-Karabakh
O grupo de Minsk, histórico mediador neste conflito, copresidido por EUA, Federação Russa e França, recordou a Arménia e Azerbaijão a importância de cumprir com todas as obrigações subscritas no acordo, bem como com os termos do cessar-fogo previstos.
Destacou a importância do papel da Federação Russa para conseguir o cessar-fogo assinado em 09 de novembro entre o presidente da República do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinián.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguéi Lavrov, o subsecretário de Estado dos EUA, Stephen Biegun, e o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, pediram a saída "rápida e total" de todos os mercenários estrangeiros da região.
Recordaram também à Arménia e ao Azerbaijão a importância de respeitar o Direito Internacional Humanitário, especialmente no que respeita à troca de prisioneiros de guerra e repatriação dos corpos das vítimas.
O grupo de Minsk sublinhou a importância de os deslocados pelo conflito poderem regressar às suas casas, com a garantia de o fazer de forma voluntária, digna e sustentável, bem como se facilite e assegure o acesso humanitário às organizações internacionais.
Solicitou ainda aos dois lados para que recebam na região os seus representantes quanto antes e que se comprometam a negociações substanciais, que possam resolver todas as questões pendentes.
Esta declaração conjunta do Grupo de Minsk foi feita durante a primeira sessão da 27.ª reunião ministerial da OSCE, a primeira que foi celebrado por videoconferência devido à pandemia do novo coronavirus, sob a presidência, rotativa, da Alemanha.
Durante esta reunião, o alto representante da União Europeia (UE) para a política externa, Josep Borrell, congratulou-se com o cessar-fogo, que classificou como "um primeiro passo para um acordo completo", mas assinalou que ainda não se pode falar de paz.
"A paz duradoura, incluindo o estatuto do Nagorno Karabakh, ainda tem de ser negociada. A UE reitera o seu apoio total ao único formato estabelecido: o Grupo de Minsk da OSCE, liderado pelas suas copresidências, para este fim", acrescentou.
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