A mensagem foi enviada aos participantes da 23.ª Jornada Pastoral Social que se celebra hoje e sexta-feira, na Argentina, sob o tema "por uma Cultura do Encontro. Um país para todos".
Jorge Bergoglio citou como dois grandes inimigos da amizade social "as ideologias que querem apoderar-se da vivência de um povo e as paixões que são sempre como uma escavadora, que segue em frente e destrói em vez de dialogar".
A amizade social é necessária que que o mundo se livre de guerras, injustiças, fome ou outras necessidades, disse, ao reconhecer que este é um tema que o preocupa.
"O tema da amizade social preocupa-me porque pelo pecado, pelas tendências, vamos sempre à inimizade, à guerra. E esquecemos que a nossa vocação é a da harmonia, da fraternidade, de ser irmãos. A amizade social", referiu.
"Olhemos para o mundo tal como está. Guerras por toda a parte. Estamos a viver a terceira guerra mundial aos bocadinhos. E isso não é amizade social. Olhemos para muitos países onde não de dialoga, grita-se. Antes da outra pessoa terminar de dizer o seu pensamento, já lhe estamos a gritar sem ter escutado", acrescentou.
Mas Francisco não se limitou a criticar as guerras e conflitos, lamentando também que haja "crianças sem escola, gente com fome" ou sem "cuidados sanitários, água corrente ou acesso ao essencial para viver com dignidade".