Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

União Europeia pede restabelecimento das comunicações em Tigray

O comissário europeu para a ajuda humanitária, Janez Lenarcic, apelou hoje para que as comunicações sejam restabelecidas na região de Tigray, na Etiópia, palco de um conflito com o Governo federal etíope.

União Europeia pede restabelecimento das comunicações em Tigray
Notícias ao Minuto

20:44 - 03/12/20 por Lusa

Mundo Etiópia

"Apelo às autoridades etíopes para que restabeleçam as comunicações, deixem entrar trabalhadores e ajuda humanitária", disse Lenarcic, citado pela agência France-Presse, durante uma visita ao campo de refugiados de Oum Raquba, no leste do Sudão, para onde mais de 11.000 pessoas fugiram dos combates.

"Falei hoje com vários refugiados no campo, e o que é doloroso de ouvir é que eles não têm informações sobre os seus entes queridos (...) que foram deixados para trás", apontou.

Lenarcic defendeu que esta é uma das razões para que se proceda ao restabelecimento das comunicações.

"Não sabem nada sobre o destino dos seus familiares, se estão vivos, se estão bem, e isto porque não há comunicação", sublinhou o esloveno.

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, lançou em 04 de novembro uma operação militar na região de Tigray (norte do país), após meses de tensão crescente com as autoridades regionais da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF, na sigla em inglês).

Desde então, a região tem sido palco de ofensivas militares por ambas as partes, com o disparo de foguetes e de incursões para a captura de cidades.

Mais de 45.000 etíopes fugiram para o Sudão, primeiro pressionando a generosidade das comunidades locais e depois desafiando a capacidade dos grupos humanitários que se apressaram a criar um sistema para os alimentar e abrigar.

Quase metade dos refugiados são crianças, disse a Organização das Nações Unidas (ONU), e muitas pessoas vieram sem nada.

Na quarta-feira, o Governo etíope concedeu à ONU acesso humanitário "sem restrições" a Tigray.

Lenarcic apelou também às partes em conflito para "porem fim às hostilidades", apontando que "não haverá solução militar" para este problema, "uma vez que se trata principalmente de uma questão política".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório