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Covid-19: Turquia planeia usar vacina chinesa a partir do final do mês

O ministro da Saúde da Turquia anunciou hoje um plano para começar a usar uma vacina experimental chinesa para a covid-19 no final deste mês, na sequência de um surto de infeções e mortes registado no país.

Covid-19: Turquia planeia usar vacina chinesa a partir do final do mês
Notícias ao Minuto

15:30 - 03/12/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Fahrettin Koca já tinha anunciado um acordo com a Sinovac Biotech, da China, para a compra de 50 milhões de doses de CoronaVac, que está atualmente em fase final de testes.

O ministro explicou que o primeiro carregamento da vacina chegará à Turquia a partir de 11 de dezembro, referindo que a autorização será concedida depois de os laboratórios turcos confirmarem que as injeções são seguras e após a avaliação dos resultados iniciais dos últimos testes.

"Se os resultados forem positivos, como esperamos, a Turquia estará entre os primeiros países do mundo a iniciar a vacinação", disse Koca.

Em novembro, a revista científica The Lancet publicou um estudo sobre a eficácia da candidata a vacina da Sinovac com base em testes clínicos iniciais.

O estudo apontou uma eficácia moderada e mostrou que a vacina produziu níveis mais baixos de anticorpos do que os encontrados em doentes que recuperaram da covid-19.

"A eficácia do CoronaVac ainda não foi comprovada", concluiu o estudo.

As candidatas das Pfizer-BioNTech e Moderna disseram que têm taxas de eficácia de mais de 90%, enquanto a da AstraZeneca, do Reino Unido, refere uma taxa de eficácia de 70-90%, novamente com base em ensaios clínicos limitados.

O plano de vacinação será implementado em quatro fases, de acordo com o ministro, com o primeiro grupo a incluir profissionais de saúde, cidadãos acima de 65 anos e pessoas que vivem em lares de idosos, casas para pessoas com deficiência e outros centros de acolhimento.

Em segundo lugar, serão vacinados os trabalhadores de setores essenciais e pessoas acima de 50 anos com pelo menos uma doença crónica, seguindo-se as pessoas com menos de 50 anos, mas com pelo menos uma doença crónica, jovens adultos e outros trabalhadores.

A quarta e última fase abarcará o resto da população.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na segunda-feira que a vacina será administrada gratuitamente enquanto, segundo o ministro da Saúde, outras vacinas serão vendidas em farmácias.

"Receberemos pelo menos 10 milhões de doses da vacina em dezembro, podendo chegar a 20 milhões. Outros 20 milhões de doses em janeiro e 10 milhões em fevereiro", disse Koca no início desta semana. A Turquia tem 83 milhões de pessoas.

A CoronaVac, alegadamente uma vacina inativada, será distribuída em duas doses por pessoa.

As vacinas inativadas são feitas cultivando todo o vírus em laboratório e depois matando-o. Preparar e eliminar o vírus em segurança pode levar mais tempo do que tecnologias mais recentes, mas as vacinas inativadas dão ao corpo um "vislumbre" do próprio germe, em vez de apenas "mostrar" a proteína que medeia a entrada do coronavírus.

Fahrettin Koca também anunciou recentemente ter feito um acordo para compra de um milhão de doses da vacina Pfizer-BioNTech, a ser entregue em dezembro.

Segundo disse o ministro na quarta-feira, estão em andamento negociações para mais vacinas que introduzam o chamado RNA mensageiro, ou mRNA, sequência codificada para um antígeno (substância que desencadeia a produção de anticorpos) específico da doença, que leva o corpo a ter uma resposta imune.

A Turquia registou um número recorde de mortes durante 10 dias consecutivos, com 193 novas vítimas mortais a serem contabilizadas na quarta-feira, o que elevou o número total de mortes no país para 14.129.

O número diário de infeções também atingiu um recorde, chegando a 31.923 pessoas, o que coloca a Turquia entre os países mais afetados do mundo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.495.205 mortos resultantes de mais de 64,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.724 pessoas dos 307.618 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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