"Não percebo por que é errado tirar fotos". Fotógrafo ferido em Paris
O fotógrafo sírio, como denunciaram os Repórteres Sem Fronteiras, "foi ferido no rosto com um bastão" enquanto fazia a cobertura do protesto contra a lei de segurança global e a violência policial em Paris.
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Mundo protesto
Os Repórteres Sem Fronteiras denunciaram, no sábado, a "inaceitável" violência policial exercida contra um fotógrafo sírio, ferido durante a manifestação contra a lei de segurança global e a violência policial em Paris.
Ameer al Halbi, de 24 anos, colaborador da Polka Magazine e da AFP, que fazia a cobertura da manifestação na Place de la Bastille "foi ferido no rosto com um bastão", revelou na rede social Twitter Christophe Deloire, secretário-geral dos Repórteres Sem Fronteiras.
“Toda a nossa solidariedade com Ameer Al Halbi. A violência policial é inaceitável. Ameer veio da Síria para a França para se refugiar, assim como vários outros jornalistas sírios. O país dos direitos humanos não precisa de ameaçá-los, mas protegê-los ”, escreveu Christophe Deloire.
A publicação de Christophe Deloire é acompanhada da foto de Ameer, no hospital, que pode ver aqui. Alertamos, porém, que a imagem pode ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis. A fotografia foi captada pela fotojornalista independente Gabrielle Cezard, que acompanhou o fotógrafo sírio.
Gabrielle, citada pelo Le Parisien, revela que os fotógrafos estavam identificados como tal e encostados a uma parede. A fotojornalista indicou ainda ter encontrado Ameer al Halbi ensanguentado, em lágrimas, enquanto dizia: "Não percebo porque é errado tirar fotos".
De acordo com Dimitri Beck, diretor de fotografia da Polka, o fotógrafo partiu o nariz e sofreu lesões num osso da testa, tendo sido transportado para o hospital de Lariboisière, em Paris.
De acordo com o último balanço divulgado, o protesto contra os limites à difusão de imagens da polícia resultou em ferimentos em 23 agentes e na detenção de pelo menos 46 manifestantes, segundo as autoridades francesas.
A manifestação reuniu na capital francesa 46 mil pessoas, mas, ao todo, em várias cidades francesas, a "marcha pelas liberdades" juntou 133 mil manifestantes, como indicam os dados do Ministério do Interior.
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