O Governo da chanceler alemã, Angela Merkel, está a praticar a "política de falência" e "destrói a existência" dos cidadãos do país, arrastando-os "para o desemprego", disse o copresidente do partido, Tino Chrupalla, na sua saudação aos 600 delegados da AfD.
"Somos os defensores da democracia e das liberdades", declarou Chrupalla, no seu discurso na convenção, que está a ser realizada em Kalkar, uma pequena cidade a cerca de 60 quilómetros da fronteira com a Holanda.
Chrupalla, copresidente juntamente com Jörg Meuthen -representante da ala mais moderada do partido - defendeu a decisão de realizar aquele congresso presencialmente, apesar das restrições à vida pública devido à pandemia, como forma de "defender o debate democrático".
A AfD conseguiu que o seu congresso presencial fosse autorizado, embora tivesse que acatar a contragosto a ordem de que os delegados usassem máscaras, que só podem ser removidas da plataforma dos palestrantes.
Chrupalla pediu a seus apoiantes que acatassem a ordem, já que a autarca da cidade avisou que não o fazer implicaria na interrupção do congresso de dois dias.
A maioria dos partidos alemães optou por adiarem os seus congressos, realizá-los em formato virtual ou em fórmulas híbridas. Para a AfD, mantê-lo pessoalmente é uma demonstração de força.
O congresso é realizado num área chamada "Wunderland" (País das Maravilhas), numa antiga central elétrica, que é protegida por um cordão policial. Em Kalkar, vão-se realizar vários protestos convocados para hoje contra a presença da AfD na cidade.
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