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Ambientalistas pedem que Portugal adote proibição de munições de chumbo

A coligação de organizações ambientalistas C6 pediu hoje que Portugal adote a proibição de uso de munições de chumbo nas zonas húmidas decidido pelo Parlamento Europeu, afirmando que matam muito além dos animais que são caçados.

Ambientalistas pedem que Portugal adote proibição de munições de chumbo
Notícias ao Minuto

15:22 - 27/11/20 por Lusa

Mundo Munições

Em comunicado, afirmam que a decisão, que carece ainda de aprovação dos parceiros no Conselho Europeu, "irá salvar milhares de aves selvagens de uma morte lenta e dolorosa por envenenamento", bem como "salvaguardar a saúde pública".

De acordo com a deliberação aprovada com 499 votos a favor, 153 contra e 39 abstenções, todas as munições usadas em zonas húmidas têm que deixar de ter chumbo no prazo de 24 meses.

Os cartuchos com chumbo usados pelos caçadores contêm uma quantidade de pequenas esferas e, quando são disparadas, só uma pequena porção atinge o alvo, enquanto as outras se espalham nos habitats.

"Estima-se que cerca de 21 mil a 27 mil toneladas de chumbo, com propriedades altamente tóxicas, são dispersas para o ambiente na União Europeia todos os anos devido apenas à caça", afirma a C6.

A esferas acabam por ser engolidas por "cisnes, flamingos, patos e gansos", que as confundem com sementes ou com os seixos que engolem para ajudar a digestão, resultando na morte de mais de um milhão de aves todos os anos, na estimativa da Agência Europeia dos Produtos Químicos.

"Esperamos que esta proibição seja rapidamente implementada na Europa e adotada em Portugal para que as munições de chumbo sejam rápida e eficazmente substituídas pelas alternativas que já existem no mercado", afirmou o presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Joaquim Teodósio.

Ainda depois de aprovação pelo Conselho Europeu, Portugal e o resto dos países europeus terão que fiscalizar a proibição e dar "informação clara e compreensível aos caçadores" e caberá à Comissão Europeia garantir que a proibição é realmente aplicada, defende a C6.

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