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França diz ser "prematuro" desconfinar apesar da evolução positiva

O Governo francês disse hoje que os indicadores da pandemia da doença covid-19 no país estão a melhorar "em todos os níveis", avisando, no entanto, que seria "prematuro" neste momento avançar para um desconfinamento e recomenda prudência.

França diz ser "prematuro" desconfinar apesar da evolução positiva
Notícias ao Minuto

14:41 - 26/11/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"As coisas estão melhores e em todos os níveis", disse o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, indicando que o número de novos casos de infeção pelo novo coronavírus "está a diminuir de forma constante", mesmo "de forma rápida", a cada semana "com uma descida de 30% nos diagnósticos positivos em relação à semana precedente".

A este ritmo, "poderemos atingir o objetivo de 5.000 casos diários até à segunda semana de dezembro ou até ao final da segunda semana de dezembro", prosseguiu o ministro.

Esta data apontada por Olivier Véran, em meados de dezembro, vai ao encontro do previsto levantamento do confinamento em vigor em França e da respetiva substituição por um recolher obrigatório noturno, entre as 21:00 e às 07:00.

Segundo os dados mais recentes da Agência de Saúde Pública francesa, divulgados na quarta-feira à noite, o número de doentes com covid-19 internados nos hospitais franceses está atualmente abaixo dos 30 mil (29.944).

Daquele total, 4.136 pacientes encontram-se em unidades de cuidados intensivos, um decréscimo quando comparado com os mais de 4.900 doentes que estavam nestes serviços no início da semana passada.

"A pandemia não ficou para trás, a segunda vaga não acabou", advertiu o ministro da Saúde francês, numa altura em que o país já contabiliza mais de 50 mil mortes associadas à doença covid-19 desde março.

Olivier Véran indicou igualmente que França deverá lançar um plano de vacinação anti-covid-19 entre o final de dezembro e o início de janeiro.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou, por sua vez, que a partir de sábado algumas restrições serão levantadas no país, como, por exemplo, a reabertura de algumas atividades não essenciais que se encontram encerradas desde o mês passado, como é o caso de lojas de brinquedos, livrarias e cabeleireiros.

As visitas a imóveis também podem ser retomadas, bem como as aulas nas escolas de condução.

As estâncias de esqui poderão abrir no período do natal, mas não os teleféricos, de acordo com o plano do Governo francês.

As autorizações para a circulação na via pública, incluindo para percursos agora autorizados num raio de 20 quilómetros e durante três horas, vão ser obrigatórias até 15 de dezembro.

O executivo francês determina ainda que o teletrabalho deve continuar a ser a regra e abranger o maior número possível de pessoas.

Já os museus, teatros e cinemas vão reabrir em meados de dezembro, mas terão de encerrar as portas às 21:00 locais (20:00 em Lisboa).

Os bares, restaurantes e pavilhões desportivos vão permanecer fechados, na melhor das hipóteses, até 20 de janeiro.

"Os primeiros resultados estão aí" e a pandemia está a regredir, afirmou Jean Castex, salientando que a taxa de R0 (que indica quantas pessoas serão infetadas, em média, por um único doente com covid-19) em França "está atualmente estimada em 0,65" (100 doentes infetam 65 pessoas), "um dos níveis mais baixos na Europa".

Segundo o primeiro-ministro francês, o executivo pretende "um regresso por etapas a uma vida mais normal" e que os franceses passem a futura época festiva com as respetivas famílias, mas, frisou, "é prematuro falar de desconfinamento".

Jean Castex recomendou ainda prudência, pedindo aos franceses que limitem "o número de pessoas à mesa" e "os grandes aglomerados" durante a época festiva de dezembro para evitar "um ressurgimento" dos contágios.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.422.951 mortos resultantes de mais de 60,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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