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Venezuela: Bloqueadas contas de ONG que alimenta crianças carenciadas

A organização não-governamental Alimenta a Solidariedade (AS), que alimenta milhares de crianças carenciadas, denunciou hoje que as autoridades venezuelanas bloquearam as suas contas bancárias, comprometendo a ajuda em 14 dos 24 estados da Venezuela.

Venezuela: Bloqueadas contas de ONG que alimenta crianças carenciadas
Notícias ao Minuto

06:16 - 26/11/20 por Lusa

Mundo Venezuela

Em comunicado, a AS denuncia ainda que também a ONG Caracas Meu Convive, centrada na prevenção e redução da violência no Distrito Capital, tem sido vítima de "perseguição" de parte das autoridades venezuelanas.

"Denunciamos que desde a última sexta-feira, 20 de novembro, as organizações Alimenta a Solidariedade e Caracas Meu Convive, o nosso diretor e fundador Roberto Patiño, assim como outras organizações e instituições com as quais trabalhamos, têm sido alvo de perseguição das autoridades pondo em risco o nosso trabalho nas comunidades mais vulneráveis do país", lê-se.

Segundo o documento, na última terça-feira "uma delegação identificada como Polícia Nacional Contra a Corrupção realizou uma rusga" na antiga sede da AS e por ordem da Superintendência das Instituições do Setor Bancário e Outras Instituições Financeiras (SUDEBAN), todas as contas bancárias foram congeladas".

"Essas ações comprometem seriamente a atenção a mais de 25.000 crianças nas 239 cantinas de alimentação de Alimenta a Solidaridade, em 14 estados do país", explica.

Por outro lado, a AS denuncia que "como parte do assédio" de que são vítimas a casa dos pais do diretor e fundador, Roberto Patiño, "foi alvo de uma rusga por funcionários da mesma polícia".

"O assédio contra nós e as instituições aliadas procura criminalizar as atividades de ajuda e assistência às comunidades, ameaçando milhares de famílias, líderes e mulheres comprometidas com o trabalho pela sua comunidade, com o objetivo de tentar conter as gravíssimas consequências para a saúde, nutrição e a convivência social da situação humanitária que hoje sofrem", explica.

O documento explica ainda que Alimenta a Solidariedade e Caracas Meu Convive, são organizações sem fins lucrativos, que participam no Plano de Resposta Humanitária das Nações Unidas.

Também que têm entre 4 e 7 anos de experiência, respetivamente, atendendo a mais de 25 mil crianças e famílias em risco de insegurança alimentar, mães lactantes, mulheres grávidas e anciãos, devido à complexa emergência humanitária, e trabalhando com as comunidades para prevenir a violência.

"Durante a pandemia, atendemos mais de 14 hospitais e centros de saúde no Distrito Capital e em outros Estados do país, entregando mais de 65.000 almoços através da Rede de Apoio aos Trabalhadores de Saúde", sublinha.

O comunicado conclui afirmando que ambas instituições e as suas direções estão à disposição para colaborar com as autoridades, subministrando toda a informação necessárias sobre as atividades sociais que realizam na Venezuela.

Leia Também: Dezenas de mulheres protestaram na Venezuela contra aumento da violência

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