Guterres pede diálogo após ataque de rebeldes do Iémen na Arábia Saudita
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, pediu hoje contenção e compromisso no diálogo depois de um ataque dos rebeldes houthi do Iémen contra uma estrutura petrolífera da empresa estatal Saudi Arabian Oil Company.
© Reuters
Mundo António Guterres
De acordo com uma nota divulgada pela porta-voz de Guterres, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) expressou preocupação por este ataque, anunciado pelos houthis e, posteriormente, confirmado pelas autoridades de Riade.
"O secretário-geral [da ONU] recorda que os ataques contra objetivos e infraestruturas civis violam a lei humanitária internacional", explicita a nota.
Por isso, Guterres apelou a "todos os atores" para exercerem "máxima contenção e demonstrarem um compromisso sério para participar no processo político facilitado pela ONU", de modo a que possam "chegar a um acordo negociado" e que coloque um termo "ao conflito e ao sofrimento dos iemenitas".
A Arábia Saudita afirma que um míssil atingiu uma das infraestruturas da Saudi Arabian Oil Company, no entanto, não provocou vítimas nem a distribuição do crude.
Este ataque ocorreu poucas horas depois da cimeira do G20, que decorreu em Riade, capital da Arábia Saudita, e enquanto se encontrava em visita oficial ao país o Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.
Em setembro, os houthis alegaram que vários ataques perpetrados por esta milícia tinham interrompido a produção de 50% do crude saudita, acusações que foram imediatamente desmentidas por Riade e que apontou o 'dedo' a Teerão, o principal inimigo e aliado dos houthis, pelos ataques contra estas instalações.
O Iémen está a ser assolado por um conflito que começou há seis anos, quando esta milícia rebelde ergueu armas contra o Governo liderado por Abdo Rabu Mansur Hadi, conquistando a capital, Saná, durante esta revolta.
Em março de 2015, uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita começou a intervenção militar no país com apoio do Presidente Hadi.
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