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Ex-espião judeu Jonathan Pollard libertado e autorizado a deixar os EUA

O antigo espião judeu norte-americano Jonathan Pollard, no centro de um contencioso entre Washington e Israel, terminou hoje a sua pena de prisão e está autorizado a deixar os Estados Unidos, indicou o ministério da Justiça.

Ex-espião judeu Jonathan Pollard libertado e autorizado a deixar os EUA
Notícias ao Minuto

23:52 - 20/11/20 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Este antigo analista da marinha norte-americana, natural do Texas, foi detido em 1985 por espionagem em benefício do Estado judaico. O caso suscitou uma grave crise entre os dois países, ultrapassada após Israel ter prometido terminar com todas as suas atividades de espionagem nos Estados Unidos.

Após 30 anos na prisão, Jonathan Pollard obteve liberdade condicional em 2015, com a obrigação de usar uma pulseira eletrónica e respeitar um recolher obrigatório, e ainda a proibição de deixar o território norte-americano.

"Até hoje, cumpriu cinco anos de liberdade condicional", sublinhou, em comunicado, a Comissão das provações, uma agência do ministério da Justiça dos EUA. Após um exame ao seu 'dossier', considerou que "nada indicava que se arriscava em violar a lei e (...) ordenou o levantamento das condições impostas à sua libertação".

Pollard, atualmente com 66 anos, manifestou por várias vezes o desejo de se instalar em Israel, ao ter obtido a nacionalidade e ser visto como um herói por uma parte da população.

"Estamos satisfeitos que o nosso cliente tenha sido finalmente libertado de qualquer restrição, e esperamos vê-lo em breve em Israel", indicaram em comunicado os seus advogados, Eliot Lauer e Jacques Semmelman. Segundo acrescentaram, "está feliz de poder finalmente ajudar a sua esposa", que luta contra um cancro.

O seu caso originou um braço de ferro entre Washington e Israel. O Governo israelita assegurou que desde 2015 solicita autorização para que Jonathan Pollard regressasse a Israel, até agora sem efeito.

Os altos responsáveis do Pentágono ou da CIA nunca perdoaram ao espião o volume de informações classificadas secretas da área da Defesa e que foram entregues a troco de dinheiro, em plena Guerra fria, ao aliado estratégico israelita dos Estados Unidos.

Estas informações ajudaram Israel a bombardear em 1985 o quartel-general da Organização de Libertação da Palestina (OLP), então exilada na Tunísia, e a assassinar em Tunes o número dois da OLP, Abu Jihad (Khalil Ibrahim al-Wazir), em 1988.

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